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Pode ter sido culpa da seca enfrentada pelo Estado de São Paulo ou das fortes chuvas que castigaram as plantações no mês. O fato é que houve aumento no preço de frutas, verduras e legumes nas feiras de Santos.
Um produto símbolo do acréscimo no valor dos produtos é o pepino japonês. Anteriormente, vendido a R$ 2,00 o quilo, agora é encontrado a R$ 6,00. Também podem ser citados o tomate (R$ 4,50 o quilo) e a uva rubi (R$ 6,00).
Como adiantado na coluna ‘Repórter da Terra’, do jornalista Nilson Regalado no último dia 30, no jornal Diário do Litoral (leia a coluna aqui), “A terceira prévia de janeiro do Índice Ceagesp apontou alta de 9,18% no preço dos legumes e de 8,47% nas verduras. E o pior ainda está por vir. O pico da carestia na salada, porém, só deve ser atingido em fevereiro, quando o consumo tende a aumentar com o retorno de quem viajou para fora do Estado”.
Há uma semana, o quilo do tomate poderia ser adquirido na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo(Ceagesp) por R$1,37. Nesta semana, o valor subiu para R$2,66. O mesmo ocorre com o jiló (de R$2,17 para R$2,51 o quilo) e o chuchu (R$2,22 para R$2,88 o quilo).
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Uma feirante se conformou com o aumento e disse que “no verão é comum ter aumento”. Mas segundo Regalado, que também é produtor rural, “essa inflação, que costuma terminar junto com o verão, deve se prolongar em 2015 devido à seca e ao calor no Estado”.
Além da seca no estado e fortes pancadas de chuva que prejudicaram as plantações, houve também alteração no custo do transporte de mercadorias, já que o combustível teve aumento.
Do outro lado da barraca de feira fica a reclamação dos clientes, que chegam até a mudar a dieta por causa dos preços. “A alface que eu costumava comprar ficou cara demais. Tive que substituir. Tá tudo caro. Onde já se viu o quilo do jiló a R$6,00”, desabafou uma senhora enquanto pesquisava as verduras.
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Segundo alguns consumidores que conversaram com a reportagem, o valor dos alimentos passou a subir depois das festas de fim de ano.
Concorrência interna
O feirante Marcelo da Silva vê outro fator para o aumento do preço dos produtos da feira. Ele citou a influência de comerciantes do Litoral Sul.
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“Grandes atacadistas de Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe vem comprar produtos na nossa região. Eles possuem muitas barracas lá e tem bastante dinheiro. Por exemplo, enquanto encomendo 10 caixas de laranja, eles encomendam 100. Com isso, os produtores acabam jogando o preço no alto. Eles inflacionam a mercadoria”, explicou.
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