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Líderes da União Europeia (UE) reunidos em Bruxelas disseram ter fechado na madrugada desta sexta (16) um plano de ação com a Turquia para frear o fluxo de refugiados em direção ao continente.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse, porém, que a UE demorou demais para agir em relação à crise de refugiados e não deu garantias de que vai assinar o acordo com o bloco nos atuais termos.
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A declaração foi dada no mesmo dia em que a Hungria anunciou o fechamento de sua fronteira com a Croácia, interrompendo uma das principais rotas que refugiados, vindos principalmente da Síria e do Iraque, utilizam para chegar a países mais ricos do continente para pedir asilo.
A UE também concordou em acelerar as conversas para a entrada da Turquia no bloco e facilitar a emissão de vistos de entrada para turcos na zona Schengen.
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O chanceler turco, Feridun Sinirlioglu, afirmou que o plano não havia sido fechado completamente e que era errada a impressão de que a Turquia queria dinheiro em troca de manter os refugiados em seu território.
O plano de ação visa uma maior cooperação entre o bloco e a Turquia, que possui uma fronteira de 900 km com a Síria e abriga cerca de 2 milhões de refugiados do país, para oferecer melhores condições aos que foram deslocados.
Apesar de o plano não estipular uma quantia para os "novos fundos substanciais e concretos", a chanceler alemã, Angela Merkel, que se encontrará com Edogan no sábado (17), disse que 3 bilhões de euros (ou US$ 3,4 bi), que Ancara teria solicitado à UE, parecia uma quantia razoável.
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"Nós já gastamos US$ 8 bilhões [com os refugiados] até agora. Quanto apoio recebemos do mundo? [Foram] US$ 417 milhões", disse Erdogan, em pronunciamento.
Erdogan acusou a Europa de ter acordado para a verdadeira dimensão da crise de refugiados sírios quando as imagens do corpo do menino Aylan Kurdi, 3, foram divulgadas pela mídia.
"Quando o menino Aylan foi arrastado para a costa de Bodrum, eles começaram a usar aquela foto na capa das revistas e a se questionarem", disse o presidente turco.
"Mas há quanto tempo nós temos chamado a atenção [para o problema]? Na Turquia, hoje, há 2,2 milhões de sírios. São 300 mil iraquianos."
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Fronteira húngara
A Hungria anunciou nesta sexta-feira que vai fechar sua fronteira com a Croácia à meia-noite, no horário local, para tentar conter o fluxo de refugiados que usam o país como porta de entrada na União Europeia.
O país já havia fechado a fronteira com a Sérvia, a principal rota até então, erguendo uma cerca reforçada de arame farpado ao longo da divisa. A barreira tem sido estendida para a fronteira com outros países.
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O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, contrário ao recebimento de estrangeiros, justificou a medida alegando proteger a integridade e os valores cristãos do país. Após o fechamento, é provável que os refugiados passem a seguir em direção à Eslovênia, de apenas 2 milhões de habitantes.
É um momento delicado da crise, pois, com a aproximação do inverso, os termômetros têm caído na Croácia, onde as autoridades já têm tido dificuldades em oferecer auxílio aos refugiados.
Cerca de 5.000 a 8.000 têm cruzado a fronteira entre Croácia e Hungria todos os dias. De lá, muitos têm sido levados organizadamente até a Áustria. A decisão da Hungria interrompe essa etapa da viagem.
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