Continua depois da publicidade
Uma questão que o governo tenta resolver com o Mais Médicos está detalhada em números na Síntese de Indicadores Sociais, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), base em dados do Conselho Federal de Medicina (CFM). A relação médicos/habitantes no País está aquém do recomendado pelo Ministério da Saúde.
Em 2011, havia 1,95 médico para cada mil habitantes, quando o ideal é de 2,5. Somente no Sudeste, essa proporção é atingida, com 2,61 médicos por mil habitantes. A Região Norte tem a pior relação médico/habitante, com apenas 0,98. O estudo mostra concentração de profissionais nas grandes cidades. Nas capitais, há 4,2 médicos para cada mil habitantes.
"Se for necessário, o Brasil vai aumentar o número de médicos que vêm da parceria com Cuba para que a gente possa atender a meta de 13 mil médicos até março de 2014", disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao deixar evento com empresários que compõem a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), no escritório da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo. Ele voltou a defender o Mais Médicos como solução para o déficit. Até dezembro, a expectativa é de preencher 6,6 mil vagas somente pelo programa.
Continua depois da publicidade
Leitos em falta
Outra carência revelada pelos indicadores sociais é de leitos hospitalares. Em 2009, o País tinha 2,3 leitos em estabelecimentos de saúde para cada mil habitantes. É um número que vem caindo ano a ano: em 1999, eram três leitos. O fechamento dos manicômios foi responsável, em grande parte, pela redução da oferta de leitos, segundo os técnicos do IBGE, mas eles chamam a atenção para o fato de que o envelhecimento crescente da população aumenta a demanda. "Essa redução de leitos representa um desafio para o fornecimento de assistência adequada", alerta o estudo.
Continua depois da publicidade