Cotidiano

‘Só o prefeito nos ajudou’

Empresário Juarez Câmara disse que PSB não procurou vítimas prejudicadas para tratar de indenizações

Publicado em 02/09/2014 às 11:04

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Se na última semana, a visita do advogado Antônio Campos, irmão de Eduardo Campos, e o pronunciamento do presidente estadual do PSB Márcio França, representaram uma luz para as famílias santistas que tiveram suas casas atingidas na queda do avião, dia 13 de agosto, agora o que prevalece é um sentimento de frustração e a sensação de que tudo não passou de um blefe. 

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Hoje faz 20 dias que o avião que transportava o candidato a presidente Eduardo Campos, do PSB, e mais seis pessoas caiu sobre residências e uma academia, no bairro Boqueirão. Até agora, somente a Prefeitura de Santos prestou ajuda e assistência às famílias que tiveram prejuízos em seus imóveis.

“A única pessoa que presta ajuda aqui é o prefeito Paulo Alexandre. Fora ele, mais ninguém procurou a gente”, disse o empresário Benedito Juarez Câmara, dono da Academia Mahatma, que teve danos.

Segundo ele, “a Prefeitura providenciou uma cobertura provisória na academia que estava a céu aberto. Estava chovendo aqui dentro e eu já estava para perder mais equipamentos”, afirmou Juarez complementando que a Prefeitura também realizou uma série de melhorias nas propriedades vizinhas atingidas.

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No último dia 28, o presidente estadual do PSB e coordenador do comitê financeiro da campanha de Marina Silva (PSB) à Presidência da República, Márcio França, declarou que: “O pagamento da indenização será feito ou pelo seguro do avião ou pelo próprio PSB”. Mas, Juarez revelou que até ontem nenhum representante do Partido Socialista Brasileiro procurou as famílias para oferecer qualquer tipo de ajuda. “O que o Márcio França disse não passou de um blefe”, declarou indignado o empresário.

A Prefeitura de Santos realizou algumas melhorias na área atingida (Foto: Luiz Torres/DL)

Procurada, a assessoria de imprensa de França enviou nota de esclarecimento. “O PSB esteve no local do acidente representado pelo advogado Antônio Campos, que é filiado ao partido, e irmão do ex-candidato a presidente da República Eduardo Campos, morto tragicamente no acidente. Como advogado e parente da vítima, Antônio Campos aguarda a conclusão da perícia e de todo o trabalho policial para as providências cabíveis, inclusive em relação à Bradesco Seguradora, empresa encerragada do seguro da aeronave.”

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Já a candidata à Presidência do PSB, Marina Silva, confirmou sua vinda à Santos no dia 13, quando a tragédia completará um mês.
 
O acidente

O avião Cessna Citation 560 XL, prefixo PR-AFA caiu entre seis casas no bairro do Boqueirão, às 9h50 do dia 13 de agosto. Não houve sobreviventes. A aeronave caiu sobre imóveis situados na Rua Alexandre Herculano, na esquina com a Rua Vahia de Abreu.

Ao menos dez pessoas tiveram ferimentos, mas sem risco de morte.

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Isenção de impostos

O líder do prefeito na Câmara Municipal, José Lascane (PSDB) apresentou requerimento para saber se a Prefeitura pode conceder isenção de impostos às residências e estabelecimentos atingidos pela queda do avião.

Segundo Lascane, os proprietários de casas deixariam de pagar IPTU e o empresário que tem estabelecimento naquela área ficaria isento do ISS.

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Prefeitura mantém assistência às famílias

A Prefeitura de Santos informou que continua prestando toda a assistência às famílias prejudicadas com a queda do avião que matou o candidato à Presidência Eduardo Campos e mais seis pessoas. 

“Todos os moradores receberam as orientações da Cadoj (Coordenadoria de Assistência Judiciária Gratuita e Orientação Jurídica ao Cidadão) e Cidoc (Centro de Informação, Defesa e Orientação ao Consumidor) que continuam disponíveis para atendimento dessas famílias”, informou o Executivo Municipal em nota.

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A Administração Municipal esclareceu também que “não houve prejuízos para a municipalidade, uma vez que todos foram para casas de familiares”.

Sobre a assistência aos imóveis, a Prefeitura informou que “a Seserp (Secretaria de Serviços Públicos) realizou o nivelamento, demolição de edícula semidestruída, escoramento de edificação sem uso (obra inacabada) nos fundos do sobrado de números 111/113 da Alexandre Herculano, que sofreu abalo. Foi colocada uma camada de terra sobre a superfície dos três quintais e placas de madeirite nas divisas dos terrenos. Por fim, será feita a recuperação do piso da garagem do sobrado de número 109, da Alexandre Herculano, por onde trafegaram as máquinas, nas ações de socorro e buscas, que danificaram a propriedade particular que agora são reparadas em caráter emergencial”.

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