A pesquisa observou, ao todo, 12.588 pessoas nas cinco cidades mais populosas da na Baixada / Divulgação/PMG
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Apesar de todo o trabalho de conscientização e orientação à população realizado por diversos entes, de diferentes formas, desde o começo da pandemia, Guarujá é a cidade da Baixada Santista onde mais se usa a máscara facial de forma errada. Foi o que apontou uma pesquisa acadêmica realizada por alunos de Medicina da Universidade São Judas Tadeu, Campus Cubatão. Ela apontou que 67,1% das pessoas estavam utilizando a proteção incorretamente ou sequer tinham uma – 52,8% e 14,3%, respectivamente.
A pesquisa observou, ao todo, 12.588 pessoas nas cinco cidades mais populosas da na Baixada. Cubatão foi a cidade onde as pessoas mais estavam utilizando as máscaras corretamente: 63,5%; seguida por São Vicente (55,8%); Praia Grande, (44,1%) e Santos (33,4%) Em Guarujá, apenas 32,9% dos moradores estavam, de fato, protegidos.
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Isso porque não cobrir o nariz, deixar o queixo exposto ou até mesmo abaixá-la completamente têm o mesmo efeito que não estar munido de nenhuma proteção. É o que alerta o médico infectologista da rede municipal guarujaense, Orival Silva Silveira. "A pessoa tem a falsa sensação que está protegida, quando na verdade está muito suscetível à contaminação pelo novo coronavírus".
Outro ponto tocado na pesquisa foi com relação ao manuseio da máscara. Os alunos flagraram várias pessoas tocando indevidamente na proteção e as retirando do rosto sem nenhum cuidado. De acordo com o infectologista, o momento do descarte do equipamento também é muito importante para garantir que o cuidado não tenha sido em vão. Isso porque a face externa da máscara poder estar completamente infectada após algumas horas de uso.
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"Ficar tocando e ajustando a máscara toda hora não é recomendado. Também na hora da retirada, a forma correta de é utilizar o polegar e o indicador de cada mão e retirar pelo elástico, sem tocar na superfície do pano. Preferencialmente, acondicionar em saquinho plástico", orienta.
Como usar corretamente
Para ficar dentro das recomendações é bem simples: higienizar as mãos antes e depois de colocá-las; manuseá-las apenas pelas alças ou elásticos; cobrir nariz, boca e queixo; garantir que a máscara fique bem afixada e ajustada ao rosto, atentar-se especialmente às laterais, que não devem ter vãos que possibilitem a entrada do vírus. E, por fim, realizar a troca a cada 4 horas, e se ficar úmida antes desse período, é fundamental substituí-la imediatamente.
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Qual máscara usar
Não existe uma melhor ou pior, mas sim as indicadas para cada caso. De acordo com o Ministério da Saúde, as máscaras produzidas com tecido dupla face são capazes de atuar como barreiras físicas eficientes contra o vírus. E, por isso, são extremamente indicadas para uso no dia a dia.
Já as máscaras cirúrgicas e as chamadas proteções respiradoras (N-95) devem ser reservadas para os profissionais de saúde. Isso porque elas são indicadas para quem tem que prestar assistência e ficar a menos de um metro de um paciente confirmado ou suspeito da doença.
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E, além das máscaras, o distanciamento social também é fundamental para impedir o avanço do contágio do vírus. Manter distância superior a um metro nas ruas, filas e ambientes fechados significa reforçar a proteção e reduzir as chances de infecção.
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