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A organização não governamental Instituto Igarapé, voltada para área de segurança e desenvolvimento, lançou hoje (7) o site Observatório de Homicídios, plataforma que mostra, por meio de um globo tridimensional, a propagação de homicídios no Brasil e no mundo.
A nova ferramenta revela dados com índices nacionais de homicídios de mais de 200 países e subnacionais dos países da América Latina e do Caribe. Segundo o instituto, em alguns meses serão incluídas análises específicas com algumas das causas e medidas de prevenção implementadas para complementar os dados.
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Entre as 50 cidades com as maiores taxas de homicídio no mundo, 22 estão localizadas no Brasil. O levantamento indica que 120 cidades brasileiras têm taxa de homicídio superior a 30%, considerando o número total de assassinatos, dividido por cada 100 mil habitantes. A primeira delas é a cidade de Ananindeua, no Pará. O Rio de Janeiro aparece na septuagésima primeira colocação e São Paulo na octagésima oitava posição.
De acordo com os dados coletados pelo instituto entre 2000 e 2012, houve um aumento nos registros de homicídios no Brasil envolvendo mulheres, mas a grande maioria continua sendo homens. No período, segundo o Igarapé, 92% dos assassinados eram homens e 54% tinham entre 15 e 29 anos. As principais causas das mortes na América Latina estão relacionadas ao crime organizado e ao tráfico de drogas.
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A ideia do projeto é estimular o debate e inspirar a criação de políticas públicas de prevenção e redução da violência em áreas com taxas elevadas de homicídios. Segundo a coordenadora do projeto, Renata Giannini, o objetivo da ferramenta é chamar a atenção para o elevado número de homicídios na América Latina.
"Com apenas 8% da população mundial, a América Latina e o Caribe registram 33% dos homicídios. É um número muito alto. Em muitas regiões do mundo os homicídios diminuem, mas na nossa região está aumentando. Então, definitivamente temos de fazer alguma coisa. O principal objetivo do observatório é chamar a tenção para essa epidemia de homicídios que vivemos", acrescentou Renata.
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