*Foto meramente ilustrativa / Jess Loiterton/Pexels
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O tremor que atingiu as cidades de Miracatu, Itariri e Iguape na manhã desta sexta-feira (16) também foi sentido em outros municípios da Baixada Santista, segundo centenas de relatos nas redes sociais, e a maior preocupação das pessoas era sobre ocorrer algum evento 'catastrófico' no mar, já que alguns foram orientados por órgãos oficiais a se afastarem da praia.
A Reportagem do DL entrou em contato com a Rede Sismográfica Brasileira, organização pública responsável por monitorar a sismicidade do território nacional através de suas quase 100 estações sismográficas espalhadas pelo país, e questionou sobre os tremores sentidos nesta manhã e se existiam, de fato, risco de uma catástrofe, como a formação de um tsunami.
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Em nota, o órgão disse que, às 8h22, um tremor de terra de magnitude preliminar calculada em 4.0 mR foi registrado no município de Iguape, em São Paulo. O evento foi registrado pelas estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) e analisado pelo Centro de Sismologia da USP. Ainda segundo a nota, houveram relatos de que o tremor foi sentido em várias regiões do Vale do Ribeira.
"Tremores de baixa magnitude são relativamente comuns no Brasil. Em geral, esses pequenos sismos são causados por pressões geológicas movimentando pequenas fraturas na crosta terrestre", explica a organização, que acrescenta que não há risco algum para a formação de um tsunami, por exemplo.
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A informação é complementada por Bruno Collaço, sismólogo do Centro de Sismologia da USP.
Em áudio, o especialista diz que, apesar de ter sido um abalo considerável, é preciso tranquilizar a população sobre os riscos de eventos piores, com consequências trágicas.
"Um tsunami só ocorre quando acontece um sismo (vibração brusca) no oceano, o que não foi o caso. É preciso, ainda, de um movimento vertical da coluna de água, que também não existe no Oceano Atlântico, só movimentos laterais. E, para fechar os elos, o tremor precisa ser acima de 6.5 de magnitude. Esse foi de 4.0 e, apesar de considerável a nível Brasil, não é capaz de causar destruição", explica Collaço.
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A Defesa Civil do Estado garante que, até o momento, não recebeu nenhum chamado relatando problemas em residências ou vítimas.
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