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O governo sírio enviou reforços, que incluem tanques e veículos blindados, para uma vila predominantemente cristã ao norte de Damasco onde rebeldes entraram em confronto com tropas do regime nesta semana, informou um grupo de monitoramento nesta sexta-feira.
Combatentes da oposição, liderados por uma facção ligada à Al-Qaeda, atacaram a cidade de Maaloula na quarta-feira, e entraram no local um dia depois, antes de deixar a cidade na noite do mesmo dia. O ataque elevou os temores de minorias religiosas na Síria a respeito da existência de extremistas islâmicos nas fileiras rebeldes, que lutam para derrubar o regime do presidente Bashar Assad.
As forças do governo enviadas a Maaloula tomaram posições dentro da vila, que ainda está sob o controle de milícias pró-regime, informou Rami Abdul-Rahman, diretor do Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo sediado em Londres. Ele disse também que ocorreram confrontos nesta sexta-feira ao redor da vila, onde estão dois dos mais antigos monastérios da Síria, Mar Sarkis e Mar Takla.
O ataque é liderado pelo Jabhat al-Nusra, uma das mais eficientes facões rebeldes e um grupo que os Estados Unidos consideram como organização terrorista. Fazem parte do grupo sírios e combatentes estrangeiros provenientes de países muçulmanos.
O governo sírio tem enfatizado o papel de estrangeiros que lutam com os rebeldes para justificar sua afirmação de que o regime de Assad combate uma conspiração apoiada pelo exterior.
A televisão estatal síria informou nesta sexta-feira que o governo oferece 500 mil libras sírias (US$ 2.800) pela entrega de um combatente estrangeiro e 200 mil libras sírias (US$ 1.150) por informações sobre o paradeiros desses combatentes ou ajuda para capturá-los.
Em Damasco, a agência estatal de notícias Sana disse que o presidente do Parlamento, Mohammad Jihad Laham, pediu ao Congresso norte-americano que se comprometa com um diálogo "civilizado" com Damasco em vez de recorrer ao diálogo do "fogo e sangue".
Em carta enviada na noite de quinta-feira para o presidente da Câmara John Boehner, Laham fez um apelo ao colega norte-americano e seus colegas para que "não se apressem em adotar uma ação irresponsável e imprudente".
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