Cotidiano
Os comentários vêm uma semana depois de o enviado da ONU, Staffan de Mistura, apresentar formalmente sua ideia para o presidente Bashar Assad, que disse "valer a pena estudar"
Continua depois da publicidade
O governo da Síria concordou "em princípio" com o pedido da Organização das Nações Unidas (ONU) por um cessar-fogo para tentar aliviar os piores combates na guerra civil do país. Porém o governo precisa de mais detalhes antes de uma decisão final, disse o ministro de Reconciliação Nacional, Ali Haidar.
Os comentários vêm uma semana depois de o enviado da ONU, Staffan de Mistura, apresentar formalmente sua ideia para o presidente Bashar Assad, que disse "valer a pena estudar". A proposta pretende esfriar o confronto em certas áreas para permitir o trabalho de ajuda humanitária, como parte de um passo rumo à paz mais ampla nesses três anos e meio de conflito, que já matou cerca de 200 mil pessoas.
Continua depois da publicidade
"De Mistura veio até nós com um plano, não com alguma proposta de solução", Haidar afirmou à Associated Press. "Ele veio para testar as intenções do governo da Síria e ouviu palavras muito boas (...) confirmando que a Síria quer cooperar seriamente", acrescentou.
Haidar afirmou que o enviado da ONU tem de resolver os detalhes. O mais importante deles para o governo sírio, segundo o ministro é que acabar com um combate em alguma lugar "deveria ser o começo de um processo local de reconciliação".
Continua depois da publicidade
"Reduzir os combates deveria ser o começo da limpeza da área de grupos armados e a saída deles transformaria o local em um lugar seguro, permitindo que o governo traga ajuda humanitária e serviços para a população", explicou. Haidar também disse que De Mistura "tem de estar certo de que os grupos armados da região e seus apoiadores estão prontos para aceitar essa iniciativa".
O conflito na Síria tem desafiado diversos tentativas internacionais de resolvê-lo. Enquanto o crescimento do Estado Islâmico tem dado maior urgência à busca por uma solução, chegar a pequenas tréguas no fragmentado país, que tem forças de combate múltiplas e divididas, pode ser uma tarefa impossível.
Ativistas da oposição, entretanto, afirmam que tréguas locais ajudariam apenas o governo, a menos que elas sejam parte de uma proposta de solução global para a guerra civil.
Continua depois da publicidade