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O ministro da Informação sírio, Omran al-Zoubi, convocou nesta segunda-feira os cidadãos do país a participar da eleição presidencial e chamou o pleito de uma "oportunidade verdadeira" para que expressem sua vontade em meio ao conflito na Síria, que já dura três anos.
Os sírios vão às urnas na terça-feira no que será a primeira eleição presidencial com vários candidatos realizada no país. O presidente Bashar Assad é um dos três candidatos ao mandato de sete anos, mas a oposição considera a eleição uma piada.
Rebeldes sírios ameaçam prejudicar a votação em áreas controladas pelo governo. Milhares de pessoas já fugiram da cidade de Idlib, no noroeste, por medo de ataques.
As declarações de Al-Zoubi, transmitidas pela televisão estatal síria, coincidiram com a intensificação dos ataques em áreas tomadas pelos rebeldes na cidade de Alepo, norte do país, que já deixaram dezenas de mortos e feridos nos últimos três dias. Os bombardeios, mais pesados do que o normal, aparentemente têm como objetivo assustar os eleitores.
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A explosão de um carro-bomba matou pelo menos dez pessoas numa vila da província de Homs nesta segunda-feira, informou a emissora estatal de televisão. "A explosão terrorista na vila de Haraqui, na província de Homs, foi causada por um caminhão tanque bomba. A contagem inicial indica que dez pessoas foram mortas e grandes danos causados às casas", informou a emissora.
O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado em Londres, informou que 50 pessoas morreram em ataques em Alepo desde sábado. Já Al-Zoubi disse que 20 pessoas foram mortas e 80 feridas "no período de 10 minutos" no sábado.
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Al-Zoubi e ativistas ligados ao governo disseram que combatentes bombardearam Alepo com o chamado "canhão inferno", uma arma grosseira fabricada localmente pelos rebeldes. Ela dispara cilindros de gás cheios de explosivos que provocam grandes danos ao atingir o alvo, embora seja bastante imprecisa. O canhão inferno foi usado pela primeira vez no ano passado mas nos últimos dias seu uso tem se intensificado nos ataques a Alepo.
O governo anuncia a eleição como a solução política para o conflito, que começou em março de 2011 e matou mais de 160 mil pessoas nos últimos três anos. O pleito será realizado apenas em território controlado pelo governo e é alvo de boicote pela oposição.