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O saldo do emprego (resultado das contratações menos demissões) no segmento de construção no País permanece forte, mas vem perdendo ritmo, de acordo com avaliação de Ana Maria Castelo, coordenadora de estudos da construção da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que avalia o desempenho do setor em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP).
"O mercado continua com emprego forte, mas está com ritmo de contratação decrescente", afirmou há pouco a pesquisadora, durante entrevista coletiva à imprensa. De acordo com levantamento conjunto da FGV com o Sinduscon-SP, o saldo do emprego resultou na entrada de 171,7 mil trabalhadores no segmento da construção entre janeiro e outubro de 2013. O montante é inferior ao registrado nos mesmos períodos de anos anteriores, quando chegou a 240,3 mil em 2012, 478,9 mil em 2011 e 615,3 mil em 2010.
Ana Maria explicou que, no caso do setor imobiliário (obras de edifícios residenciais e comerciais), o menor ritmo de contratações se deve ao encerramento de um grande volume de obras iniciadas durante os anos de 2008 e 2010, quando houve um ápice de lançamentos. Já nos anos seguintes, menos projetos foram lançados. "Claramente vemos o fim de um ciclo de obras. Obras antigas estão acabando de ser entregues, e atualmente há menos obras sendo iniciadas", apontou.
Já no setor de infraestrutura (obras de rodovias, portos, aeroportos, entre outros) o ritmo mais baixo de contratações refletiu a lentidão na execução de obras públicas, afetadas por contingenciamentos, greves e atrasos na definição das concessões. "O programa de logística, do ponto de vista de concessões, está começando a apresentar seus primeiros resultados. Para isso aparecer no nível de atividades da construção, ainda vai levar mais uns seis meses", estimou a pesquisadora.
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