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No próximo dia 1º de julho, quarta-feira, a partir de 9 horas, na sede da Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem), na Vila Mathias, em Santos), os sindicatos representativos dos trabalhadores da Uniminas, em Cubatão, se reunirão em plenária para debater a instalação de estaleiros navais, indústria ferroviária e programas habitacionais com o uso do aço, mostrando a importância do uso desse produto sem ficar na dependência do mercado internacional e estimula a pesquisa, com reflexos no mercado interno.
A ideia dos sindicalistas é evitar a redução da jornada de trabalho do horário administrativo, assim como aprovaram os funcionários da usina em Minas Gerais na última semana. “Vivemos uma situação de muita insegurança. O que acontece na Usiminas não pode ser tratado de forma isolada. Se é um reflexo da política econômica do País, queremos discutir alternativas que possibilitem a manutenção do nível de emprego nos mais diferentes segmentos empresariais”, explica o presidente do Sindicato dos Engenheiros, Newton Guenaga Filho.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial de Santos (Sintracomos), Macaé Marcos Braz de Oliveira, o receio é que a medida proporcione a demissão de muitos trabalhadores, entre diretos e indiretos. “A siderúrgica de Cubatão avisou às terceirizadas que os contratos não serão reajustados e terão 30% de redução. Tudo isso vai cair nas costas do trabalhador, porque o patrão não abre mão de nenhum lucro”, lamenta.
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Proposta
Em nota encaminhada à Reportagem do Diário do Litoral, a Usiminas explica que tem proposto a redução da jornada em um dia útil por semana para os empregados administrativos (com redução proporcional do salário), com garantia de emprego de, no mínimo, 95% do efetivo durante o tempo de vigência (três meses, podendo ser renovado por mais três, conforme previsto em Lei). “A medida visa preservar as equipes de trabalho ao máximo, diante da atual crise econômica da cadeia do aço. No entanto, o Sindicato dos Metalúrgicos tem se recusado a colocar em votação a proposta. Assim, os trabalhadores ficam impedidos de exercerem a sua opinião, seja ela favorável ou desfavorável à proposta da empresa”.
A empresa ainda elenca a situação de alguns dos clientes principais da Usiminas para justificar a medida. “Uma das principais consumidoras de aço da Usiminas, a indústria automotiva anunciou queda de produção da ordem de 19% nos cinco primeiros meses do ano. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) foram 1,09 milhão de veículos, o volume mais baixo em oito anos. Já a produção de máquinas agrícolas teve uma queda ainda maior, de 23% no período. Já o Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) divulgou que as vendas de aços planos dos distribuidores caíram 18% de janeiro a maio, em relação ao mesmo período do ano de 2014”.
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Além disso, a Usiminas garante que não pretende desligar mais nenhum forno. “O desligamento do Alto-Forno 1 é é temporário e visa adequar a produção ao ritmo de demanda atual”, finaliza.
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