Cotidiano

Sindicato reforça denúncias de policiais

Para presidente do Sinpolsan, Márcio Pino, policiais confirmam situação difícil. Policiais denunciaram ao DL que plantão presencial na CPJ está prejudicando investigações de casos

Publicado em 17/11/2015 às 11:26

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O presidente do Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil de Santos e Região (Sinpolsan), Márcio Pino, reafirmou ontem a fragilidade em que se encontra a investigação do Município por conta do plantão presencial, instituído há pouco tempo na Cidade, que obriga equipes inteiras a ficarem ‘paradas’ na Central de Polícia Judiciária (CPJ), no Centro da Cidade. A opinião de Pino vai ao encontro de denúncia divulgada pelo Diário do Litoral.

“Concordamos com a denúncia, pois sabemos que a CPJ foi criada devido à falta de funcionários, fato esse que, ao decorrer dos anos, somente se agravou devido aos afastamento de diversos policiais por doenças, principalmente acarretadas pelo estresse da sobrecarga de trabalho e a procura desesperada pela aposentadoria”, completou o presidente do Sinpolsan.

O sindicalista alerta que o relato dos policiais mostra que a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) prioriza atividades burocráticas prejudicando o bom andamento das investigações, acarretando aumento da criminalidade. “Para ser mais claro, as equipes de ronda foram criadas com o propósito de dar apoio às investigações cobrindo as áreas de abrangências dos seus distritos, o que não ocorre hoje, uma vez que estas estão sendo utilizadas como equipes auxiliares e apoio da Central de flagrante para atendimento do público, remoção de presos”.

“Situação acarreta aumento da criminalidade”, afirma Márcio Pino (Foto: Luiz Torres/DL)

Trabalho comprometido

Segundo os policiais, o plantão estaria comprometendo o trabalho policial de rua, pois são obrigados a trabalhar como auxiliares de escrivães e segurança dos presos. Eles acreditam que o rendimento chega a cair, em média, 40%. “É impossível atender toda a demanda da Cidade parados em um local. A Polícia está investigando menos e a população não sabe disso”, garante outro policial.

Polícia responde

A Polícia Civil já se posicionou sobre a questão, informando que, em julho, houve um reforço na equipe da Central de Polícia Judiciária nos períodos noturnos, feriados e fins de semana, contando com policiais da própria CPJ e de outras delegacias. Isso ocorreu porque a CPJ e o 1º DP estão alocados no mesmo prédio.

Com a nova escala, a Polícia garante que houve otimização do atendimento à população. A mudança foi feita após reunião com os policiais que trabalham na CPJ — investigadores, escrivães e delegados — quando houve consenso quanto à melhoria no atendimento ao público. O atendimento no 3º e 7º distritos não sofreu alteração.

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