A Defesa Civil constatou problema em um dos silos (prédios de concreto que armazenam trigo), que apresenta rachaduras / Nair Bueno/DL
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Uma situação preocupante no Centro de Santos. Funcionários do Moinho Paulista denunciam à Reportagem que um dos silos (prédio de concreto que armazena trigo) da empresa - Rua João Pessoa, 536, em frente ao Cemitério do Paquetá - está com problemas estruturais e causando perigo.
Por razões óbvias, os funcionários preferem não se identificar, mas garantem que a empresa interditou o equipamento e liberou os funcionários. Porém, alguns estão sendo obrigados a ir trabalhar.
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"Há rachaduras em vários pontos. Chamaram engenheiro que condenou o imóvel por falta de condições. Se ceder, todo a mercadoria que está em seu interior será perdida. Os técnicos que estão trabalhando no interior e tentam recuperá-lo correm perigo", consta em áudio enviado ao Diário.
A Defesa Civil informa que foi chamada ao local e constatou problema no silo que apresenta rachaduras. A área interna foi interditada e não foram constatados riscos externos, para as vias públicas. Os prédios administrativo e de operações não foram afetados.
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Segundo a Prefeitura, a empresa recebeu orientações e adotou medidas de segurança que reduziram significativamente os riscos, como estabelecer raio de isolamento, monitoramento das rachaduras por parte de empresa especializada e retirada lenta e total da carga. A empresa agora deverá reformar a estrutura, o que terá que ser feito mediante autorização da Administração Municipal.
Moinho
O Moinho Paulista confirmou a desativação temporária. A companhia afirma ter removido com sucesso recentemente uma carga de trigo armazenada na unidade, uma vez que identificou inconformidade em duas paredes desse equipamento, e por isso resolveu esvaziá-lo preventivamente.
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Segundo a empresa, a remoção do material foi concluída dia 27, com total segurança aos profissionais envolvidos e sem registro de qualquer intercorrência. As autoridades competentes foram comunicadas sobre a operação na unidade, que conta também com o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).
Nenhuma das avaliações técnicas apontou comprometimento da estrutura do silo como um todo, portanto está completamente descartada a hipótese de condenação da construção.
A Moinho Paulista reitera que a área não oferece qualquer risco à circunvizinhança e aos profissionais que atuam no local. A companhia trabalha neste momento na limpeza e segurança geral da área afetada.
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