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Os funcionários públicos da Prefeitura de Cubatão paralisaram as principais vias da cidade, incluindo a Rodovia Cônego Rangoni, para protestar pelo reajuste salarial. Os servidores cobram pagamento de reposição de valores acompanhados da inflação e reajuste do vale alimentação, entre outros benefícios.
A proposta da categoria é 15% de reajuste no salário-base, 45% no valor do Cartão Servidor, mais 45% no valor do vale-refeição.
O bloqueio das vias, que começou por volta das seis horas da manhã, só foi encerrado três horas depois. Apesar de a Prefeitura afirmar que o movimento tem baixa adesão, em nota informou que pacientes que se dirigiram para sessões de hemodiálise e radioterapia em outras cidades da Baixada Santista, tiveram que desistir da viagem para o tratamento, em razão do protesto que bloqueou as rodovias no Município. A Prefeitura informou que um boletim de ocorrência sobre o episódio será registrado.
Conforme o sindicato, o movimento teve adesão de cerca de 70% dos servidores. No entanto, a Prefeitura informou que no setor de saúde, o atendimento era considerado normal nos Pronto-socorros Central e Infantil, e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ainda segundo a Prefeitura, UBS e policlínicas também atenderam dentro da normalidade, com atrasos eventuais de médicos devido ao congestionamento nas estradas.
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Já das 61 unidades de ensino municipais, apenas cinco ficaram paralisadas e em oito a adesão foi considerada parcial.
Prefeitura
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Segundo a Administração, uma proposta foi apresentada em maio: reposição inflacionária de 8,17% (com base no IPCA), mais a garantia da continuidade do Cartão Servidor Cidadão, que possui crédito mensal de R$ 500 (com licitação publicada no último sábado). “É a melhor apresentada ao funcionalismo dentre as nove cidades da Região. Esse índice havia recebido sinalização positiva do sindicato dos servidores há cerca de 15 dias. Surpreendentemente, esse posicionamento mudou na última semana”, comentou.
A Prefeitura informou ainda que o percentual oferecido se encontra nos limites do orçamento municipal. “Qualquer valor maior pode provocar um desequilíbrio nas contas municipais e superar os índices com pessoal determinados pela Lei de Responsabilidade Fiscal. A proposta enviada pelo sindicato da categoria extrapola esses limites e se mostrou inviável, como a Administração demonstrou exaustivamente à entidade”.
Além da proposta de reajuste, a Prefeitura afirmou que incluiu na pauta de negociações com a categoria outros itens reivindicados, como a redução de jornada dos enfermeiros para 30 horas; o pagamento do adicional de periculosidade de 30% para os vigilantes municipais; e a atualização da tabela dos gestores educacionais.
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“A Prefeitura respeita o direito de livre manifestação e reivindicação dos servidores, mas lamenta profundamente que interesses políticos tenham contaminado o movimento e estejam prejudicando a população, afetando o direito de ir e vir das pessoas e causando inúmeros transtornos inclusive a quem não tem qualquer relação com a Administração Municipal”, finalizou.
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