Cotidiano

Serra Leoa identifica 70 corpos e 150 casos de ebola após toque de recolher

Mais de 2,6 mil pessoas morreram devido à doença desde o início do ano nos três países da África Ocidental mais afetados: Serra Leoa, Libéria e Guiné-Conacri, segundo a OMS

Publicado em 22/09/2014 às 13:10

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Serra Leoa descobriu 70 corpos e 150 novos casos de ebola durante o toque de recolher obrigatório de três dias para ajudar a conter a propagação do vírus, que terminou nesse domingo (21), anunciaram hoje (22) as autoridades.

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A maioria dos 6 milhões de habitantes de Serra Leoa esteve confinada em suas casas desde sexta-feira (19) e durante 72 horas, enquanto cerca de 30 mil voluntários andaram de casa em casa para identificar os doentes e informar sobre as medidas para prevenir a doença.

“Temos um excesso de cadáveres para enterrar, mas isso é habitual desde o início da epidemia. Agora temos pelo menos 150 novos casos”, declarou Steven Gaojia, chefe do Centro de Operações de Emergência. Gaojia disse que os 70 cadáveres foram descobertos em Freetown e nos arredores da capital.

O ministro da Saúde, Abubakarr Fofanah, informou que os agentes envolvidos na operação conseguiram visitar 80% das casas e considerou a iniciativa um sucesso. “Aprendemos muitas coisas durante esta operação. É possível que ela seja retomada”, disse.

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Serra Leoa descobriu 70 corpos e 150 novos casos de ebola (Foto: Michael Duff/Associated Press/Estadão Conteúdo)

Fofanah adiantou que as autoridades não podem “dar números sobre o total de cadáveres descobertos” durante a operação, pois aguardam “os resultados que devem vir de outras partes do país”.

Segundo o ministro, um dos resultados da operação foi a interrupção dos “enterros noturnos”, prática seguida pelas famílias para encobrir a morte dos infectados com o vírus do ebola.

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Os habitantes de Serra Leoa retomaram hoje suas atividades depois da operação inédita do toque de recolher para lutar contra a epidemia do ebola, que já matou 562 pessoas no país.

Mais de 2,6 mil pessoas morreram devido à doença desde o início do ano nos três países da África Ocidental mais afetados: Serra Leoa, Libéria e Guiné-Conacri, segundo a Organização Mundial da Saúde.

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