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O II Seminário de Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual Infantil reuniu cerca de 100 pessoas entre munícipes e profissionais da área da Saúde e Educação, na manhã desta quarta feira (21), na Câmara Municipal de Cubatão.
Na abertura, o presidente do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA), Antônio de Pádua, agradeceu todos os envolvidos no Seminário e falou sobre a importância de esclarecer as pessoas sobre como detectar os abusos sofridos por crianças e adolecentes. "Devemos desenvolver ações e esclarecer as pessoas sobre como detectar os abusos. Dessa forma podemos combater com mais eficácia toda forma de abuso com crianças e adolescentes ".
O delegado Antonio Sérgio Messias estava presente e elogiou a ação. "Todas as ações que acontecem nesse sentido são de grande importância. Devemos nos unir para que, de uma vez por todas, esse tipo de crime seja combatido".
Na sequência, Andreia Santos Lima, do projeto Voz do Silêncio, falou sobre casos de abuso na palestra "Um Retrato do Abuso Sexual Infantil em 10 anos", e apontou dados alarmantes. Desde o início do Projeto Voz do Silêncio, que foi criado em 2004, já foram abordados 425 casos de abusos sexuais contra crianças e adolescentes, sendo que, em 49% dos casos os pais são os responsáveis pela violação. "É muito triste essa realidade, mas na maior parte dos casos são os pais que abusam dos filhos", disse ela.
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O secretário municipal de Segurança Pública e Cidadania, Armando Campinas Reis Junior, afirmou que 35 câmeras serão instaladas por toda a cidade e que isto irá também ajudar a combater e detectar possíveis casos de abusos. "Com a instalação das câmeras poderemos fiscalizar melhor todos os atos de marginalização, inclusive de abusos. Estamos juntos nessa luta".
A palestra 'Tráfico de Crianças e Adolescentes e Exploração Sexual', ministrada pelo vice-presidente do CMDCA, Antonio Jorge dos Santos, falou sobre turismo sexual infantil de crianças e adolescentes. "O tráfico de pessoas é uma das maiores violações dos direitos humanos", disse Antonio.
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Encerrando o seminário, a psicóloga Ligia Vezzaro Caravieri, explicou a diferença entre abuso e exploração sexual na palestra 'Enfrentamento à Violência Sexual em Cubatão'. Ela disse que não há trabalho sexual por crianças e adolescentes. O que existe é exploração sexual: "Crianças e adolescentes são exploradas sexualmente e quem paga esse tipo de trabalho é conivente com a exploração".
A campanha tem apoio da Prefeitura de Cubatão, por meio das secretarias de Saúde, Educação, Segurança Pública e Assistência Social, além do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.
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