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Manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) tentaram invadir a Prefeitura de São Paulo na manhã desta quinta-feira, 17. Um grupo investiu contra o Edifício Matarazzo, mas foi contido pela Guarda Civil Metropolitana (GCM). Vidraças de três portas da sede do Executivo foram destruídas. De acordo com a Polícia Militar, o protesto reuniu mil sem-teto. Não houve informações sobre detidos.
Três guardas-civis ficaram feridos. Segundo a Prefeitura, um inspetor teve um corte na mão direita, outro ficou com hematomas na perna esquerda e um agente apresentou inchaço no pescoço em decorrência de uma paulada. A manifestação do MTST começou às 9h na Praça Ramos de Azevedo, na frente do Theatro Municipal. O grupo atravessou o Viaduto do Chá, por volta das 10h30, para continuar com o protesto na sede do Executivo. Os manifestantes pediam uma audiência com o prefeito Fernando Haddad (PT) para discutir as reivindicações por moradia na cidade. Começou então a confusão.
De acordo com informações da GCM, os manifestantes cortaram os cadeados das grades com alicate hidráulico e tentaram invadir o prédio. Alguns, ainda segundo os guardas, usaram estilingues para atirar bolas de gude e outros estavam armados com pedaços de pau, barras de ferro e pedras. Houve confronto, mas o grupo foi controlado por agentes da GCM e policiais militares.
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A Prefeitura alegou que mantém "diálogo permanente" com os movimentos de moradia, "desde que respeitadas as regras democráticas e pacíficas". A administração afirmou também que o MTST já havia sido recebido na terça-feira, 15, após outro protesto. Naquele dia, cerca de 400 manifestantes tentaram invadir a Câmara Municipal.
Os sem-teto, porém, não ficaram satisfeitos com a reunião realizada nesta semana. "O secretário de Relações Governamentais (João Antonio) recebeu a pauta de reivindicações na Prefeitura, mas deixou claro que não tinha autonomia para resolver nada e que depois ia dar uma solução", reclamou Vanessa de Souza, coordenadora estadual do MTST.
Pauta
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A reivindicação principal do protesto desta quinta-feira era uma solução para 350 famílias que vivem na ocupação Tia Deda, no Parque Ipê, região do Campo Limpo. Segundo Vanessa, os moradores já foram retirados da área pela GCM, mas retornaram por não ter para onde ir. Participam do ato moradores de cinco ocupações da Grande São Paulo.