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As 147 merendeiras da empresa Convida Refeições Denadai, que presta serviços terceirizados a escolas e creches municipais de Guarujá estão em estado de greve e podem parar de trabalhar na próxima quinta-feira (9). A decisão foi tomada por 75 delas, em assembleia na manhã de ontem, seguida de protesto na entrada da Prefeitura e de reunião com a secretária de Educação, Priscilla Bonini Ribeiro.
Elas não receberam a segunda parcela do 13º salário e nem o pagamento de multa correspondente a 50% do piso salarial de R$ 839, um desrespeito ao acordo coletivo de trabalho.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Refeições Coletivas (Sintercub), Abenésio dos Santos, na reunião ficou acertado que as merendeiras, o Sindicato e a Prefeitura aguardarão um posicionamento da empresa até o final da tarde de hoje, quando vence o prazo de 48 horas dado pela Prefeitura, em notificação extrajudicial à empresa.
Amanhã, as partes terão novo encontro para decidir o que fazer diante da resposta da Convida. Se o problema não for resolvido, a categoria entrará em greve.
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Abenésio ponderou à Priscilla que a empresa não deveria ser contratada pela Prefeitura, pois, segundo ele, estaria em recuperação judicial, com administração nomeada pela Justiça.
No protesto diante da Prefeitura, com carro de som da federação estadual da categoria, apitos e presença de sindicalistas dos trabalhadores na construção civil, as merendeiras pediram a participação da prefeita Maria Antonieta de Brito (PMDB) nas negociações.
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Caso a empresa não pague, o Sindicato solicitará mesa-redonda à gerência regional do Ministério do Trabalho e Emprego, em Santos, e a interferência do Ministério Público do Trabalho. Abenésio também vai pedir ao Ministério Público Estadual, no Guarujá, fiscalização do contrato entre a Prefeitura e a empresa.
Procurada, a Secretaria da Educação esclarece que o cardápio mensal das refeições servidas nas escolas municipais e estaduais é publicado no Diário Oficial. Pais e munícipes podem acompanhar o que é servido aos estudantes e denúncias podem ser feitas via Ouvidoria – 0800-773-7000.
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