Cotidiano

Segurança acusado de envolvimento em morte de universitário se entrega

Seguem foragidos o dono do Baccará, Vitor Alves Karam, e o chefe dos seguranças Anderson Luiz Pereira Brito

Gilmar Alves Jr.

Publicado em 07/08/2018 às 16:24

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Sammy Barreto Callender se entregou na noite de segunda-feira (6), após ficar três dias foragido / Divulgação/Polícia Civil

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Acusado de envolvimento na morte do estudante Lucas Martins de Paula, de 21 anos, o segurança Sammy Barreto Callender se entregou à Polícia Civil na noite de segunda-feira (6) acompanhado de advogado. Na noite de sexta (3), se entregou o segurança e professor de jiu-jítsu Thiago Ozarias Souza, autor de 12 golpes na vítima, entre socos e joelhadas.

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Seguem foragidos o dono do Baccará Bar & Grill, Vitor Alves Karam, e o chefe dos seguranças, Anderson Luiz Pereira Brito.

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Os quatro acusados tiveram a prisão preventiva decretada pelo juiz Alexandre Betini, da Vara do Júri de Santos, na sexta-feira (3).

Lucas foi espancado na madrugada de 7 de julho após contestar a marcação de uma cerveja de R$ 15,00 em sua comanda e teve traumatismo craniano. Ele morreu em 29 de julho na Santa Casa de Santos.

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Conforme escreveu o juiz ao decretar as preventivas, Thiago “achou por bem espancar Lucas, tudo com a anuência dos demais acusados, que não só assistiram, mas anuíram a essa conduta, impedindo que os amigos de Lucas o ajudassem, agredindo-os, não determinando a cessação dos golpes aplicados por Thiago em Lucas”.

“Este (Lucas) com as mãos para cima sem esboçar qualquer reação”, afirmou o magistrado com base nos fatos apurados durante a investigação.

Imagens de monitoramento de uma escola municipal próxima ao Baccará, na Rua Oswaldo Cochrane, foram fundamentais para o 3º Distrito Policial de Santos (Ponta da Praia) esclarecerem a dinâmica do crime.

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A denúncia, por homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) foi oferecida pelo promotor Fernando Reverendo Vidal Akaoui.

Ordem pública

O juiz assinalou que, no tocante à garantia da ordem pública, os delitos descritos na denúncia “causaram desassossego e inquietação da sociedade e, se soltos, os acusados poderão praticar novos crimes do mesmo tipo”.

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“No que tange à necessidade de se assegurar a aplicação da lei penal é fato notório que o acusado Thiago deixou o distrito da culpa após a decretação de sua prisão temporária (...) mesmo após constituir defensor”, escreveu Betini.

Outro lado

O advogado de Vitor Karam, João Manoel Armôa Júnior, sustenta que seu cliente não concorreu para a agressão e tentou inclusive conter o tumulto. 

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De acordo com ele, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) negou liminar em habeas corpus para Vitor. 

O defensor de Sammy, Mário Badures, também foi contatado pela Reportagem, que aguarda retorno.

O Diário do Litoral não localizou as defesas dos demais acusados.

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