Cotidiano
A guerrilha, que tem entre dois e três mil membros, não informou datas nem passos concretos e completou o anúncio com uma grande lista de críticas ao modelo econômico colombiano
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O Exército de Libertação Nacional (ELN), segundo maior grupo rebelde da Colômbia, disse nesta quarta-feira, que está disposto a depor as armas. Em um vídeo, o líder do grupo guerrilheiro, Nicolas Rodriguez Bautista, reconheceu a vontade do governo de Juan Manuel Santos de buscar a paz e paz e expressou sua intenção de participar de um processo semelhante ao que acontece em Havana com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
"Assistimos a este diálogo para examinar a vontade real do governo e do Estado colombiano. Se nesta análise concluirmos que as armas não são necessárias, temos disposição de considerar se desejamos usá-las", disse o líder. "O governo de Santos tem a opção de persistir na sua política de guerra e paz ou ousar um verdadeiro caminho da paz desejado por todos os colombianos", acrescentou Rodriguez no líder gravado em um local não identificado ao lado das bandeiras da Colômbia e do ELN.
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A guerrilha, que tem entre dois e três mil membros, não informou datas nem passos concretos e completou o anúncio com uma grande lista de críticas ao modelo econômico colombiano. "Há mais de 50 anos empunhamos armas porque entendemos que as vias legais estavam fechadas para as lutas do povo", declarou o líder do ELN.
O presidente colombiano pediu na segunda-feira ao grupo contribuísse para um processo de paz, mas até agora este diálogo não se concretizou oficialmente.
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O ELN, de inspiração comunista, surgiu em 1964, como as Farc. Embora bastante enfraquecido, é a segunda guerrilha mais importante da Colômbia e continua a atacar frequentemente a infraestrutura petrolífera colombiana. Ele tem realizado dezenas de ataques a oleodutos e sequestrado funcionários que trabalham para empresas estrangeiras.
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