Cotidiano

Secretário garante que ‘não faltará energia’

Obras no sistema energético da Baixada deverão garantir crescente consumo. Com a crise hídrica, Estado vem sendo questionado sobre ações para evitar a falta de energia

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 26/11/2014 às 10:55

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Lidiane Diniz

São Paulo não registrará falta de energia elétrica nos próximos anos. A garantia dada pelo secretário de Estado da pasta, Marco Antônio Mroz, descarta que o Estado passe por uma nova fase de apagões em 2015 e nos próximos anos, assim como ocorreu em 2001 em todo o País. Obras e investimentos, segundo ele, estão sendo empreendidos pelo Estado em várias regiões – inclusive na Baixada Santista – que asseguram o crescente consumo de energia registrado nos últimos anos.

Mroz esteve em Santos, na manhã de ontem, para participar da reunião do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb), na sede da Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem). Durante o encontro, além do sistema de energia elétrica, o secretário abordou a importância do petróleo e gás para a região metropolitana e o Estado e os próximos passos para ampliar a oferta de gás natural.

Com a crise hídrica, o Governo do Estado vem sendo questionado sobre ações para evitar falta de energia e, ao mesmo tempo, garantir a ampliação do sistema energético para impulsionar o fortalecimento da indústria paulista.

Melhorias na Baixada

Obras e melhorias que vão assegurar a estabilidade do sistema elétrico na Baixada Santista foram citadas por Morz, durante reunião do Condesb, como garantia para enfrentar a crise hídrica com segurança. Denominado como Projeto de Reforços, esse pacote garantirá a qualidade  do serviço.

Uma das etapas, já em fase de execução, é a construção da Linha de Transmissão que atende o fornecimento às cidades de Bertioga e Guarujá, assim como o distrito de Vicente de Carvalho, com uma extensão de 27 quilômetros e previsão de entrega para o 2º semestre de 2015.

Morz acredita que com o novo gasoduto, São Paulo produzirá 32 milhões de m³ de gás natural por dia (Foto: Matheus Tagé/DL)

A nova Linha de Transmissão Pedro Taques e a reconstrução da linha que abastece os municípios de Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe também fazem parte do Projeto de Reforços da Secretaria de Estado de Energia. “Essas obras garantirão que futuros empreendimentos na Baixada Santista tenham energia suficiente para funcionamento pleno”.

Estado que ampliar oferta de gás

O Estado deverá ter autonomia da distribuição de gás natural até 2019. A expectativa do Governo tem como base a construção de um novo gasoduto, inicialmente batizado de Rota 4, apontado como alternativa para distribuição do insumo produzido na Bacia de Santos. Os investimentos para a expansão da rede, da ordem de R$ 6 bilhões, seriam custeados pelas três distribuidoras de gás que operam em São Paulo.

Caso a proposta seja concretizada, passaria dos atuais 17 milhões de metros cúbicos (m³) por dia para 32 milhões de m³/ dia.

Hoje, toda a produção da Bacia de Santos é levada por 3 rotas, sendo duas delas diretamente para o Rio de Janeiro. “Circula em São Paulo 50 milhões de m³ de gás natural por dia. É muito, no entanto, como não podemos usar uma parcela, não temos gás suficiente, disponível para o Estado”.

Mroz lembra que a energia é um dos principais insumos da indústria, setor que exerce grande influência na economia paulista, gera arrecadação, além de garantir grande número de postos de trabalho. “Há grandes possibilidades para que essa proposta seja concretizada. Temos mercado para essa demanda e estamos trabalhando para isso”.

A falta de garantia de energia tem provocado o desinteresse de grandes empresas e indústrias de se instalarem no Estado. Como exemplo, citou uma montadora automotiva que negociou a entrega de gás natural por caminhão para garantir sua instalação no interior. “Hoje dependemos exclusivamente da distribuição de gás pela Petrobras e pelas três concessionárias autorizadas, que estão no limite. Se quisermos comprar gás natural para garantir energia, não temos”.

Outro benefício é o preço. “O Estado de São Paulo paga caro pelo gás que consome, justamente porque parcela do que é adquirido vem da Bolívia, que tem um valor muito maior do produto que é produzido em território brasileiro. Não digo que pagaremos barato, mas garantiremos preço mais próximo da realidade”.
 

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