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“O traçado não muda mais”. A sentença do secretário do Estado de Logística e Transporte, Clodoaldo Pelissioni, é referente ao projeto do Túnel Submerso Santos-Guarujá. Ele também divulgou um novo número de desapropriações de imóveis, bem menor do informado anteriormente pelo Governo do Estado. Serão 50 imóveis em Santos, e 21 em Guarujá.
Pelissioni visitou ontem o Diário do Litoral, sendo recebido pelo diretor responsável, Sergio Souza, e pela editora responsável, Tatyane Casemiro. “Está decidido (o traçado). Decidido porque fizemos estudos aprofundados de viabilidade e de origem e destino. Estudamos sete traçados. Lá é o melhor lugar porque atende a população que usa a travessia”.
Segundo o secretário estadual, o Governo do Estado vai desembolsar R$ 343 milhões somente para desapropriações, que serão pagas no valor de mercado. “Desapropria de quem tem título. Quem não tem título, é invasor; e aí vamos fazer ressarcimento, na Justiça”. Com relação aos moradores que não tem título de propriedade, o Estado pretende gastar R$ 179 milhões.
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Questão delicada
A título de comparação, citou que o Governo de São Paulo pagou R$ 500 milhões só de desapropriações no Trecho Norte do Rodoanel.
Ele reconheceu que a retirada das famílias de seus atuais endereços é uma parte delicada do projeto. “Desapropriação é o maior problema para fazer obras. Busca-se minimizar. As pessoas querem grande obra, mas ela gera problemas”.
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Pelissioni procurou minimizar as críticas ao traçado feitas não somente pelos moradores do Macuco, principal bairro santista a ser afetado pelas desapropriações, mas também pela Codesp, que administra o Porto de Santos, e pela Secretaria Especial de Portos. “Definimos (o traçado) com base em um estudo com sete alternativas. A Codesp foi consultada”.
O secretário estadual ressaltou que “a obra não é só para Codesp. Não estamos atendendo somente o Porto. Estamos atendendo a população. Quem usa a travessia Santos–Guarujá. Quem transita de uma cidade para a outra”.
O impacto urbano do Túnel Submerso será mínimo, garante Pelissioni. “Os caminhões vão poder passar pelo túnel. Não queremos caminhões que passem pela Rodovia Cônego Domenico Rangoni passem por dentro de Santos. Isso não vai acontecer porque vai ser economicamente inviável, inclusive em termos de traçado. Para fazer o túnel, temos que fazer um grande sistema viário dos dois lados e interligar com as principais avenidas”.
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Qualificação técnica
O próximo passo do projeto tem data marcada no dia 27, quando o Governo do Estado abre as propostas de qualificação técnica das empresas. “É obra complexa. Serão quatro anos de obra. A previsão de entrega está entre o final de 2018 e 2019”.
O BNDES já aprovou empréstimo de R$ 923 milhões, sendo que o Estado dará contrapartida este ano de R$ 150 milhões. Tenta-se, ainda, outra linha de R$ 1,4 bilhão no BNDES.
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