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Apesar de ainda não ter feito nenhuma vítima em 2015, a ocorrência de dengue no município de São Paulo está acima de níveis razoáveis e preocupa as autoridades, segundo o secretário-adjunto de Saúde da capital paulista, Paulo Puccini.
“A ocorrência da dengue é inusitada e acima dos níveis razoáveis, que preocupa a nós, profissionais de saúde, a nós, secretaria, e que deve preocupar a todas as famílias e toda a sociedade”, disse Puccini, em entrevista coletiva na tarde de hoje (12), na prefeitura de São Paulo.
No período de 4 a 31 de janeiro, 1.368 casos de dengue foram confirmados na cidade, dos quais 220 autóctones (contraídos no município). No mesmo período de 2014, a cidade teve 743 casos confirmados e, destes, 81 autóctones. No total, houve elevação de 84% nos casos confirmados da doença em 2015.
Apesar da elevação, a doença ainda não causou nenhuma vítima e apenas um óbito está em análise. Segundo a prefeitura, os casos confirmados de dengue até a quarta semana estão concentrados principalmente na zona norte – região mais afetada pela falta de água, seguido das zonas oeste e sul.
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Entre as hipóteses levantadas pela Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) para o aumento dos casos neste ano, estão as altas temperaturas e o acúmulo de água limpa sem proteção, devido à crise de abastecimento dos últimos meses. “As pessoas têm o direito de se defender da falta de água. Mas se forem guardar água, devem faze-lo em um recipiente bem fechado ou com tela”, disse o secretário.
Desde novembro do ano passado, a secretaria municipal de Saúde estabeleceu que os serviços públicos e privados de saúde devem realizar, em até 24 horas, a notificação compulsória dos casos suspeitos. Foram criados comitês locais de prevenção nas subprefeituras para fortalecer o contato com a comunidade.
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