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Em Santos, foram confirmados cinco óbitos por dengue este ano. Em todos os casos, não houve diagnóstico inicial para a doença. A revelação é do secretário municipal de Saúde, Marcos Calvo, que alerta aos profissionais de saúde que não descartem a dengue como diagnóstico possível, pois as características da doença estão mudando. Ele disse ainda que hemorragia não é o único sintoma de gravidade da doença. O alerta foi feito durante a apresentação da campanha contra a dengue 2014/2015 e do balanço do ano epidemiológico (2013/2014), no auditório do Sindicato dos Urbanitários (Sintius), na manhã de ontem.
“São casos que não houve o diagnóstico inicial de dengue. Existiam outros sintomas que ou confundiram ou mascararam o aparecimento da doença. Em dois casos, por exemplo, nem teve nenhum fenômeno hemorrágico e eram pessoas que tinham outros problemas de saúde. Por isso, que fica esse alerta”, declarou o secretário à Imprensa.
Segundo o secretário, foram registrados 1.420 casos neste ano contra 9.500 no ano passado. Apesar da queda no número de casos, Calvo ressalta que a doença preocupa, pois o vírus está circulando e o clima quente é favorável à proliferação do mosquito transmissor Aedes aegypi.
“Hoje a dengue está presente em todos os meses do ano. Então, os profissionais de saúde precisam colocar a dengue como um dos diagnósticos possíveis. Depois, através de exames e da evolução da doença, isso acaba sendo descartado. É muito importante que os profissionais de saúde estejam alertas”, disse.
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Dengue com complicações
Calvo ressaltou que hoje não se usa mais o termo dengue hemorrágica e sim dengue com complicações. “Uma boa parte das complicações não é mais a hemorragia. Alguns profissionais de saúde, às vezes, ficam esperando que tenha algum fenômeno hemorrágico. A complicação mais frequente da dengue hoje não é hemorragia, são outros comprometimentos circulatórios. E, por conta disso, esses casos (os cinco óbitos) foram classificados como dengue com complicação”.
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Campanha inclui mensagem telefônica e nebulização
O secretário de Saúde de Santos, Marcos Calvo, apresentou as novas estratégias da campanha de combate à dengue para o período 2014/2015. Apesar da queda no número de casos, Calvo destacou que as ocorrências continuam, principalmente porque o clima quente e úmido favorece. Por isso, ele disse que a campanha está sendo antecipada e intensificada.
Além das visitas às residências que serão intensificadas, serão enviadas mensagens telefônicas e via SMS (torpedo para telefone celular) à população. A meta da Saúde é visitar mais de 256 mil imóveis até dezembro.
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Além disso, já está sendo executada a nebulização com aplicação de inseticida onde houver maior concentração de focos do mosquito Aedes aegypti. “Estamos contando com o apoio da Sucen (Posto Regional), que é o órgão estadual de controle de endemias. Eles estão nos cedendo oito equipes de três pessoas para fazer a nebulização”, disse o secretário explicando que o método adotado será diferente do que já foi utilizado antes.
“É uma nebulização de aparelho costal, não é aquela que passa o aparelho no bairro todo, é mais adequado à nossa Cidade que é muito verticalizada. Isso já está em andamento em alguns bairros de Santos”, esclareceu Calvo.
Outra novidade será a realização de um fórum técnico, em outubro, para profissionais de saúde. Vamos prepará-los adequadamente para atacar os casos de dengue”, disse o secretário.
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