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A seca no Sistema Cantareira voltou a ficar mais severa do que em 2014 neste mês e já reduziu em 45% o volume médio de água que chega aos principais reservatórios do manancial nesses dez primeiros dias em relação à média de julho, segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Águas (ANA).
Até esta segunda-feira, 10, o Cantareira havia registrado menos de 3% do volume de chuva esperado para o mês (34,4 milímetros), de acordo com boletim da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), e a vazão afluente, caído para 4,8 mil litros por segundo, 77% abaixo da média histórica mensal, de 21,3 mil l/s.
A quantidade de água que chega ao sistema, até o momento, é 23% pior do que a registrada em agosto do ano passado (6,3 mil l/s), que era a mais baixa da história para o mês. O pior é que segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as chuvas só devem voltar a cair na região do manancial no próximo dia 18.
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Enquanto a entrada de água no sistema caiu neste início de mês, a retirada subiu 24,5% para atender uma demanda maior tanto da Grande São Paulo, onde 5,2 milhões de pessoas ainda são abastecidas pelo sistema, quanto da região de Campinas e Piracicaba, onde cerca de 4 milhões dependem diretamente do manancial.
Essa combinação fez com que o déficit de água no sistema subisse 173% na comparação de julho com agosto. Até ontem, o manancial havia perdido 9,6 bilhões de litros, o equivalente a quase 1% da capacidade normal do manancial, que ontem operava com 17,8%, considerando as duas cotas do volume morto. Se a situação se mantiver, o déficit no fim do mês será de 29,9 bilhões de litros (3% do sistema), superior ao registrado em janeiro (-21,6 bilhões), o pior do ano até agora.
Entre fevereiro e julho, as vazões afluentes ao sistema foram superiores às observadas em 2014, com destaque para fevereiro e março, que foram três vezes maiores do que no ano passado e foram determinantes para que o governo Geraldo Alckmin (PSDB) descartasse o rodízio oficial no abastecimento da Grande São Paulo.
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Segundo o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, o rodízio está descartado por causa das obras emergenciais e mesmo que a quantidade média de água que entrar no sistema neste ano seja até 20% pior que a de 2014 (8,7 mil l/s). Até agora, a média de 2015 é de 17,1 mil l/s, 96,5% maior.
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