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Depois de descartar a presença do vírus ebola no Brasil, após um caso suspeito em que dois exames tiveram resultado negativo, o ministro da Saúde, Arthur Chiroro, disse que vai manter a articulação com órgãos envolvidos com turismo, transporte e defesa para disseminar o máximo possível de informações sobre a doença.
Segundo o ministro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que ainda demore seis meses para o fim da epidemia em três países da África Ocidental: Serra Leoa, Guiné e Libéria. Caso alguém esteja no Brasil até 21 dias depois de ter passado por um desses países e apresente sintomas como febre, diarreia e vômitos, deve procurar a rede de saúde e informar sua procedência para que as providências sejam tomadas. Existe ainda um telefone do Ministério da Saúde para informações, o 136, pelo qual podem ser tiradas dúvidas sobre a doença.
A febre hemorrágica ebola não é transmitida pelo ar, e sim pelos contato com fluidos corporais infectados, como vômito, sangue, diarreia e suor. Inicialmente, a pessoa infectada apresenta febre, seguida de dores no corpo, na cabeça e na garganta. Náuseas, vômitos e diarreias costumam preceder a pior fase da doença, que é de sangramentos internos e da pele. Tais sintomas costumam aparecer antes de completados cinco dias da contaminação, porém podem vir até o vigésimo primeiro dia.
A pessoa contaminada só pode transmitir a doença depois que desenvolve os sintomas e, se curada, fica imune á doença. Assim, mesmo que contaminada, se a pessoa viajar de avião e não tiver sintomas, os outros passageiros podem ficar tranquilos, pois não pegarão a doença.
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Chioro e o ministro do Turismo, Vinícius Nobre Lages, encontraram-se hoje (13) para elaborar nota conjunta informativa para quem entra e quem sai do país. “Nossa principal arma é manter as as pessoas bem informadas quanto aos mecanismos de transmissão, cuidados em relação à doença e, principalmente, para que não tenhamos preconceito por desinformação”, disse Chioro, que terá ainda uma reunião com representantes das empresas aéreas.
Segundo o ministro da Saúde, além das medidas informativas, não estão previstas alterações no plano de prevenção. ”Esse caso mostrou que o sistema epidemiológico funcionou adequadamente. Vai funcionar em outros casos também? Esperamos que sim.”
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A OMS determina que o maior controle seja feito na saída dos países onde está ocorrendo surto da doença. Até agora, 77 pessoas foram impedidas de deixar os três países onde há surto por suspeita de terem o vírus ebola. Fora isso, o Brasil não tem voos direitos para os três países, o que diminui a probabilidade de uma pessoa contaminada desembarcar aqui.
De acordo com Chioro, o país também está preparado para receber os brasileiros que eventualmente tenham sido contaminados no exterior pelo vírus ebola, como determina a OMS. Segundo o ministro, o risco é muito baixo, já que há poucos brasileiros nos países onde há epidemia. São 32 na Guiné, 25 na Libéria e dois em Serra Leoa.
A primeira suspeita de ebola no Brasil surgiu quando um homem, natural da Guiné e que estava há 20 dias no Brasil, foi a uma unidade de pronto-atendimento em Cascavel, no Paraná, por ter tido febre. O Ministério da Saúde foi acionado e o paciente, transferido para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro, onde ficou isolado até dois exames para ebola terem resultado negativo. No momento, o paciente está bem e permanece internado apenas aguardando outros exames para saber o que ocasionou a febre.
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Enquanto ainda havia suspeita de ebola, poucos exames foram feitos, para não colocar mais profissionais de saúde em contato com sangue possivelmente contaminado. Os médicos descartaram dengue, HIV e malária.
A Guiné é um dos países da África Ocidental onde há uma epidemia de ebola. No país, pelo menos 1.350 pessoas foram contaminadas e 778 morreram com a febre hemorrágica, desde o começo do ano.