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Na última quinta-feira (28), a Prefeitura de Guarujá deu importante passo para o cuidado com as crianças guarujaenses. As Secretarias Municipais de Saúde e de Educação promoveram o seminário com foco na Promoção de Saúde da Criança. O evento aconteceu no auditório da Unaerp e reuniu servidores da Educação Infantil e das unidades de saúde.
O tema proposto foi debater o Programa Saúde na Escola. Implantado em 2013, a ação visa promover de forma integrada e contínua o desenvolvimento infantil das crianças atendidas na rede municipal e aprimorar as ações com foco na saúde infantil. A ação municipal faz parte do programa do Governo Federal.
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O secretário de Saúde de Guarujá, Daniel Simões, ressaltou a importância do evento e como está integrado à mudança do foco assistencial, que vem sendo implantado pela Administração Municipal. “Hoje gastamos 70% do orçamento para resolver problemas de Saúde já instalados, por isso nossa meta é a prevenção e atenção básica. O ‘Saúde na Escola’ vem ao encontro desse novo foco”, disse na abertura do evento.
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Atualmente o programa contempla 25 unidades escolares em conjunto com 16 equipes de atenção básica de saúde, atendendo assim cerca de 10.500 alunos, em ação preventiva e educativas nos seguintes temas: Saúde Bucal, Segurança Alimentar, Alimentação Saudável, Direitos Humanos, Violência, sexualidade, DST/AIDS, Álcool e Drogas, Lazer e Atividades e Saúde Bucal.
A coordenadora da Atenção Básica, Maria Ângela Segantini, e o psicólogo, Marcos Eduardo dos Santos, estão a frente, respectivamente, do Programa nas secretarias da Saúde e Educação.
Palestras – Duas palestras marcaram o encontro: Renata Coghe, diretora de Educação Básica, falou sobre “Evolução pedagógica na educação infantil na Rede de Ensino de Guarujá” e o pediatra Rui de Paiva, secretário adjunto de Saúde, que explanou sobre a importância do desenvolvimento infantil nos 1.000 dias de vida da criança, identificando aspectos falhos, positivos e ainda pontos importantes que exigem atuação integrada da Saúde e da Educação.
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Renata abordou as trajetória dos avanços da Educação Infantil na rede municipal, no que se refere à qualidade, a formação continuada dos agentes, projetos implantados pela rede, tais como: projeto AMAR, Lego Zoom, Saber em Ação e Lê pra Mim. Além da prioridade a infância, diretrizes curriculares, evolução nas matriculas, plano de cargos e carreiras.
“Destacamos a infância como prioridade absoluta, destacando que esta é a fase mais importante do desenvolvimento humano, a vivencias nesta etapa refletirão em toda a vida humana. E é fundamental essa integração porque a criança ela é única e permeia por todas as secretarias”, explica. Uma das propostas apresentadas por Renata é criar uma Semana do Bebê.
Com 35 anos de pediatria, Rui de Paiva explanou e mediou a discussão na última parte do evento. Ele alertou sobre o risco da “medicalização” das crianças e a importância de ações simples e preventiva para abandonar essa pratica. “A rede de Saúde realiza cerca de 1 milhão de consultas ao ano em Guarujá, entre consultas ambulatoriais e urgência e emergência. 30% desse percentual representa o atendimento à criança. Uma criança de dois anos já passou pelo menos por 20 consultas. Os dados apontam que a vida infantil está medicalizada”, abriu assim sua fala.
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Em sua palestra, Rui de Paiva falou que os problemas antigos em relação a criança como controle de natalidade e os casos de desnutrição mais graves deixaram de ser problemas atuais. Hoje é necessário promover um planejamento familiar e ao contrário da desnutrição a obesidade infantil atinge índices alarmantes. Outra realidade é em relação à mortalidade infantil. O pediatra explica que os números em Guarujá estão estagnados há 15 anos e para isso é necessário investir em pré-natal e assistência ao parto com qualidade. Ainda sobre a importância aleitamento e a nutrição e os exemplos de propostas para o desenvolvimento infantil, o pediatra destacou o método Pikler.
Daniela Caparroz, diretora do NEIM Ferranti, fez questão de fazer sua intervenção durante o evento e dividir sua experiência. “Quando comecei no serviço publico tínhamos um ritmo diferente. Hoje ficou feliz por estar aqui e ver que há aproximadamente cinco anos houve investimentos e mudanças. As mudanças foram difíceis, foram necessários vários embates para chegar onde chegamos. Atualmente ainda temos dificuldade de conscientizar algumas pessoas que ainda estavam acostumados ao assistencialismo. Por isso vejo que vencemos, não foi fácil, mas deu certo”, testemunha.
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