Continua depois da publicidade
Os sinais de telemetria, que são informações sobre o estado dos equipamentos a bordo, enviados pelo satélite sino-brasileiro de sensoriamento remoto Cbers-4, mostram que o veículo está funcionando conforme o esperado, informou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O instituto informa ainda que já começaram os testes de acionamento das câmeras a bordo do satélite, e a expectativa é que as primeiras imagens sejam produzidas ainda nesta semana. O satélite foi lançado domingo (7), à 1h26 (no horário de Brasília, 11h26 em Pequim) da Base de Taiyuan, a 700 quilômetros da capital chinesa.
Trata-se da quinta missão de cooperação espacial entre China e Brasil. O Programa CBERS (China-Brasil Earth Resources Satellite) começou em 1988 e permitiu a produção de um sistema completo de sensoriamento remoto (espacial e terrestre) para fornecimento de imagens a ambos os países.
Continua depois da publicidade
Com duas toneladas e equipado com quatro câmeras, o Cbers-4 dará 14 voltas no planeta por dia. Em baixa resolução, ele faz imagens da Terra em cinco dias - em média resolução, esse tempo é 26 dias e, em alta, 52 dias.
De acordo com a Agência Espacial Brasileira, as imagens do satélite, que são distribuídas gratuitamente para milhares de usuários, têm diversas aplicações na área de monitoramento ambiental, agrícola e planejamento urbano. A vida útil do Cbers-4 é estimada em três anos.
O lançamento do Cbers-4, inicialmente programado para dezembro de 2015, foi antecipado em um ano devido à falha ocorrida no lançamento do Cbers-3, em dezembro de 2013. Antes, foram lançados com sucesso o Cbers-1 (1999), Cbers-2 (2003) e Cbers-2B (2007).
Continua depois da publicidade
Ontem, em sua conta no Twitter, a presidenta Dilma Rousseff disse que o satélite ampliará a cooperação Sul-Sul, pois vai fornecer imagens aos países da América Latina e da África. "O Cbers-4 é fruto de parceria entre o Brasil e a China e, entre suas muitas aplicações, está o monitoramento do desmatamento na Amazônia".
Continua depois da publicidade