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O combate ao mosquito da dengue e aos roedores será intensificado em São Vicente. Isso porque os setores de Zoonoses, Vigilância Sanitária e Combate a Doenças Vetoriais foram unificados. Com isso, as ações de fiscalização e orientação passam a ser realizadas de forma conjunta.
“O secretário resolveu unir os três departamentos. Ele percebeu que há um retrabalho muito grande nas ações. O agente de controle de dengue ia às casas, mas não fazia o controle de roedores e moluscos (caramujo africano). Por sua vez, aquele agente de saúde, que está na Zoonoses, ia ao imóvel fazer o recolhimento de um animal, mas não observava os criadouros de larvas. Eram duas visitas pela mesma secretaria, sendo que em uma você consegue, por exemplo, fazer o controle de Aedes e outros insetos e também de roedores”, disse Fábio Lopes, chefe do Departamento de Zoonoses, Vigilância Sanitária e Combate a Doenças Vetoriais, que assumiu o cargo no início deste mês. Ele, que é biólogo, também é servidor público há 20 anos e já esteve à frente do setor Dengue/Zoonoses do Município, de 1998 a 2004.
Segundo Lopes, o trabalho conjunto permitirá um maior controle em relação aos ferros velhos, depósitos e grandes pontos comerciais. “Os locais que não seguem o que é preconizado pelo projeto dengue, podem receber a visita conjunto da Dengue e da Vigilância Sanitária. Ou seja, o indivíduo que não estiver cumprindo o que é determinado quinzenalmente para diminuir o número de criadouros poderá receber um auto de infração”, afirmou.
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Apesar do número de casos confirmados de dengue, na Cidade, terem diminuído nos últimos dois anos — de 3.020 ocorrências em 2013 para 213 em 2014 — Lopes disse que o estado de alerta deve prevalecer. “Embora tenha poucos casos, São Vicente é o município da Baixada Santista que tem mais risco de epidemia. Isso porque o risco está no número de larvas de mosquitos e a gente está em uma situação bem desconfortável. É extremamente errôneo ver o sucesso de uma campanha pelo número de casos, tem que ver pelo número de larvas”, explicou Lopes.
Ele ressaltou uma possível parceria com os núcleos de limpeza urbana que serão instalados na Cidade. “Os agentes de saúde informam ao responsável a necessidade de retirada de detritos dos canais e, após a limpeza, passamos uma peneira para retirar as larvas e jogar produto, que é inofensivo ao ser humano e outros animais. Com isso, é possível diminuir a quantidade de mosquitos”, disse.
A ação nos canais também possibilitará o combate aos roedores. No ano passado, São Vicente registrou 13 casos de leptospirose com quatro óbitos.
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