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Os municípios de São Vicente e Peruíbe enfrentam problemas com o lixo. No primeiro, o Parque Ambiental do Sambaiatuba, que deveria servir como área de transbordo, voltou a acumular grande quantidade de detritos. Já na outra cidade, o entrave fica por conta do aterro sanitário, considerado inadequado, e que convive com atraso nas obras de uma nova célula para depósito de lixo.
Em São Vicente, a montanha de resíduos acumulados no Parque Ambiental do Sambaiatuba pode ser vista a quilômetros de distância do local, que deveria servir como área de transbordo. Por causa do acúmulo, a Companhia de Desenvolvimento de São Vicente (Codesavi), chegou a reduzir, no início do mês, a coleta de materiais volumosos e entulho, situação que foi normalizada nesta semana, segundo a empresa.
A presença do lixo contraria a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que proíbe lançamento de resíduos sólidos ou rejeitos in natura a céu aberto. Apesar da situação, a Codesavi informou que o local possui os devidos licenciamentos e opera dentro da normalidade, não oferecendo riscos aos moradores ou danos ao meio ambiente.
Em relação a grande quantidade de detritos, a empresa explicou que se trata de material que se acumulou em razão de deficiências na operação em anos anteriores pela Termaq, antiga responsável por levar os resíduos para o aterro sanitário de Mauá. Os danos causados e responsabilidades são objetos de uma ação civil pública promovida pela Prefeitura de São Vicente. A administração municipal realizou licitação específica para a retirada do excedente acumulado, estimado em 70 mil toneladas.
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São Vicente produz uma média diária de aproximadamente 243 toneladas de lixo. Ao mesmo tempo em que tenta solucionar o excesso de detritos na área de transbordo, a prefeitura assinou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Grupo de Atuação Especial em Meio Ambiente (GAEMA/BS) onde se compromete a concluir e aprovar o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos até o dia 31 de dezembro.
Já o caso de Peruíbe envolve as condições do aterro sanitário do município. De acordo com a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), o local é o único considerado inadequado na Baixada Santista.
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Localizado no bairro Jardim Márcia II, o espaço está em obras, já que uma nova célula, com estruturas necessárias de proteção ambiental, ainda está em fase de construção. Os trabalhos deveriam ter sido concluídos em junho. Com vida útil estimada de 30 meses para disposição adequada dos resíduos, o espaço será utilizado enquanto a prefeitura busca a aprovação de uma área para a implantação de um novo aterro.
Segundo funcionários que trabalham no local, um dos problemas enfrentados para a conclusão é a chuva, que deixa o terreno com barro e dificulta o andamento da obra. Dois trabalhadores operam as máquinas que preparam o terreno para a célula.
Após o término do expediente, por volta das 17 horas, famílias que moram em barracos improvisados próximos ao aterro invadem o local para coletar detritos. O espaço não possui nenhum tipo de segurança, o que facilita a ação de moradores da região.
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De acordo com o Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Urbanos, realizado pela Cetesb, o aterro sanitário do Sítio das Neves, em Santos, recebe os resíduos de todos os outros municípios da Baixada Santista. As exceções são as cidades de Peruíbe, que possui local próprio, e Itanhaém, que encaminha seus resíduos ao aterro sanitário de Mauá, na grande São Paulo.
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