São Vicente 487 anos: primeira cidade do Brasil preserva encantos e história

Quando a expedição portuguesa comandada por Gaspar de Lemos chegou na então Ilha de Gohayó, em 22 de janeiro de 1502 e decidiu batizar a terra de São Vicente, sequer podia imaginar que 30 anos depois ali seria constituída a primeira Vila do Brasil pelas mãos do também navegador português, Martim Afonso de Sousa.

Passados 487 anos da fundação da Vila, resquícios dessa história são encontrados por cada canto da cidade que cresceu, se desenvolveu e recebe de braços abertos turistas que chegam a dobrar o número de habitantes na temporada de Verão.

Afinal, quem não gosta de mergulhar nas águas calmas do Gonzaguinha? Ou praticar esportes e andar de bike na orla do Itararé? Os doces que recentemente voltaram a decorar a Biquinha de Anchieta fazem parte da memória afetiva de muitos caiçaras e todos que aqui vivem juram de pé junto que é verdade que quem bebe da água que jorra no local sempre arranja um jeito de voltar para cá!

E quem por aqui passar não pode deixar de conhecer a Igreja Matriz, reconstruída em 1757 sobre as ruínas da anterior, onde permanece até hoje. Seu nome é uma homenagem a São Vicente Mártir, santo espanhol que deu nome à Cidade e hoje é seu padroeiro. A Matriz fica na Praça João Pessoa, s/nº - Centro.

Para quem gosta de aventura, o Morro da Asa Delta - também chamado de Itararé ou Voturuá – é ideal para prática de parapente, pois tem seu ponto máximo a 180 metros de altura e proporciona uma das mais belas vistas da Baixada. Dalí é possível ter uma visão privilegiada de São Vicente, Santos, Guarujá, Praia Grande e Cubatão. O acesso é feito na Divisa com Santos, a partir da subida do Morro do José Menino. Lá funciona também o Teleférico, cuja base e venda de ingressos fica na Praia do Itararé.

Quem tem criança também pode aproveitar as belezas da cidade com tranquilidade. O Parque Ecológico Engenheiro Tércio Augusto Garcia Junior, que também possui o título de Zoológico Municipal (Rua Dona Anita Costa, s/nº - Vila Voturuá) reúne diversas espécies da fauna brasileira.  

O espaço também oferece playground e área para piquenique. A Casa da Cultura Afro-Brasileira é outra boa dica de lazer do Parque para aproveitar com a família. Com programação sempre às sextas-feiras, sábados e domingos, das 9h às 17h, as atividades têm início nesta sexta (18) e seguem até 3 de fevereiro. O ingresso para o Parque custa R$ 2,00. Crianças até 5 anos e idosos a partir de 60 anos não pagam. Crianças de 6 a 11 anos pagam meia entrada.

Uma ponte pode ser turística? Em São Vicente sim! Considerado o cartão-postal número um da cidade, a Ponte Pênsil foi a primeira do gênero construída no Brasil. Tombada como patrimônio histórico, a ponte foi inaugurada em 21 de maio de 1914, ­revelando-se fundamental no desenvolvimento da região.

Na beira do mar

Os encantos são inúmeros e é claro que as praias não poderiam ficar de fora! Com 2.400 metros de extensão, a Praia do Itararé é a maior e uma das mais agitadas, pois se transforma no principal point de concentração dos jovens durante o verão, principalmente por suas ondas propícias à prática do surfe.

Já a praia do Gonzaguinha, com sua baía de águas calmas, é muito procurada por praticantes de esportes náuticos, como iatismo, windsurf, esqui aquático e jet ski.
A praia do Itaquitanduva ocupa 300 dos 900 metros do Parque Estadual Xixová-Japuí. Ainda preservada pelo difícil acesso, o lugar recebe surfistas e aventureiros, que vão até ela por trilha no meio da mata.

Com 200 metros de extensão, a Praia dos Milionários está situada junto às pedras da Ilha Porchat e é a mais tranquila das praias vicentinas. Sua beleza é realçada pelos rochedos à sua esquerda, que propiciam além de agradável lugar para a prática da pesca, uma bela vista da baía de São Vicente e da Ponte Pênsil.