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Após a paralisação dos motoristas de ônibus, que fechou 29 terminais municipais por cerca de duas horas na capital paulista a Secretaria de Segurança Pública (SSP) anunciou que vai criar uma comissão para tratar de ataques criminosos contra os coletivos.
O grupo vai ser formado por representantes de sindicatos e pelas Polícias Civil e Militar, diz a SSP. Além deles, a São Paulo Transporte (SPTrans) e a Guarda Civil Metropolitana (GCM), órgãos municipais, também vão ser convidadas.
De acordo com a SSP, "mortes decorrentes de ações policiais legítimas" estão entre os principais motivos dos ataques contra os ônibus. A secretaria também afirma que a prevenção, feita pela Polícia Militar, e a investigação dos casos, pela Polícia Civil, devem ser reforçadas para combater os casos. "O objetivo é evitar a ação de criminosos, que incendeiam ônibus, alegando ser um protesto", diz, em nota.
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Enquanto a PM está responsável por fazer operações nas principais áreas em que os ônibus são incendiados e depredados, o trabalho da Polícia Civil vai receber a ajuda do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic)e do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc).
Na terça, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), havia comentado da necessidade de maior presença policial para melhorar a segurança no transporte público. "Seria importante a mediação com o governo do Estado para ter mais apoio da Polícia Militar, porque os motoristas de ônibus têm problemas de insegurança e trabalham na via pública", afirmou.
Segundo a SPTrans, 119 ônibus foram incendiados na capital paulista neste ano, ante 65 durante todo o ano passado. Já as depredações chegaram a 797 até agora em 2014. Em 2013 inteiro, foram 1.242 casos.
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