As ações realizadas durante todo o ano pelas secretarias de Serviços Públicos (Seserp), Saúde (SMS) e Meio Ambiente (Semam) / Divulgação/PMS
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A força-tarefa da Prefeitura para a desratização na orla da praia ganhou um novo aliado esta semana, com a aplicação de mais um produto para combater roedores, que será utilizado em complemento às armadilhas comestíveis já instaladas nas tocas.
As ações, realizadas durante todo o ano pelas secretarias de Serviços Públicos (Seserp), Saúde (SMS) e Meio Ambiente (Semam), são intensificadas nas praias durante a temporada de verão, quando aumenta a quantidade de banhistas e, consequentemente, o descarte irregular de resíduos.
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Em forma de pó, o produto, que tem o cumatetralil como princípio ativo, é aplicado nas tocas cavadas pelos próprios ratos nos canteiros. Enquanto o raticida que já é utilizado pela Seção de Vigilância e Controle de Zoonoses (Sevicoz) deve ser ingerido pelo rato, o novo veneno acaba ficando nos pelos dos roedores quando eles entram e saem dos esconderijos. Assim, os animais lambem o produto ao se limpar e morrem em dois a três dias, enquanto a armadilha comestível mata em três a cinco dias.
"Primeiro, a Seserp entra fazendo toda a limpeza dos canteiros ornamentais e na região das pedras (na Ponta da Praia), no maior apoio possível à equipe da Zoonoses, que depois aplica os venenos", explica a secretária de Serviços Públicos, Larissa Oliveira, reforçando a importância do descarte correto de lixo pelos frequentadores das praias. "A Prefeitura realiza campanhas permanentes junto aos quiosques, banhistas e ambulantes para que a população descarte o lixo no lugar certo".
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O pó utilizado nas tocas é hidrorrepelente, ou seja, não é levado pela chuva. "É a primeira vez que estamos usando esse produto e, pela quantidade de ratos mortos, já reparamos que funciona. Tomamos o cuidado de colocar dentro das tocas por conta de animais e crianças que circulam por aqui", explicou o veterinário da Sevicoz, Alexandre Nunes.
Segundo ele, é importante alternar ou manter métodos diferentes para o controle dos roedores. Por isso, tanto o cumatetralil quanto o comestível flocumafeno serão usados ao mesmo tempo. "Ratos são animais espertos e, no caso das armadilhas comestíveis, vão percebendo que podem morrer se ingerirem o produto".
Desafio
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Engenheiro agrônomo da Seserp, Marco Aurélio Neves da Silva reforçou que o descarte irregular de lixo é o principal desafio no combate aos roedores na Cidade. "O lixo concorre com o veneno aplicado pela Saúde nos canteiros. Claro que o roedor vai preferir a comida do que as armadilhas. Por isso, as equipes entram tentando eliminar ao máximo restos de alimento e de embalagens para reduzir a quantidade de ratos". Vale lembrar que os ratos consomem qualquer tipo de alimento, de sanduíche até balas.
Durante a temporada, a coleta de lixo nos canteiros, quiosques e faixa de areia é intensificada, sendo que uma é realizada às 5h e outra às 15h. Por dia, são 20 sacos a mais, de 200 litros cada, retirados dos canteiros em uma região que vai de um canal a outro, por exemplo. "No caso dos quiosques, eles são fiscalizados pela Semam porque os que são grandes geradores de lixo (que produzem dois sacos de 200 litros por dia) devem contratar destinação correta".
Outras ações
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Várias outras ações são adotadas pela Prefeitura para reduzir a quantidade de lixo descartado incorretamente nas praias santistas. No último sábado (25), a Administração Municipal iniciou a Operação Areia Limpa, parceria inédita no País com ambulantes que passaram a colocar uma lixeira e uma bituqueira de bambu junto aos guarda-sóis, cadeiras e banquinhos. Além disso, cada barraca tem um carrinho coletor, manejado pelos comerciantes para recolher o material depositado nas lixeiras, mesmo no período de permanência dos clientes.
Pontos de descarte de resíduos estão espalhados pela orla e perto dos quiosques. Além disso, a Semam vem criando novos locais para a destinação correta desses detritos. Um dos exemplos é a instalação de 20 novos conjuntos de contentores de lixo, feitos de madeira plástica (a partir da reciclagem de plástico). Eles possuem três contentores, cada unidade com capacidade para 240 litros, sendo dois para recicláveis e outro para material orgânico. O mobiliário também tem uma bituqueira e mensagens de alerta sobre o risco que o lixo jogado nas praias e no mar oferece à vida marinha.