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Em anúncio de reforço no efetivo da Polícia Militar do Município com o início da “Atividade Delegada”, ontem, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa afirmou que Santos será beneficiada com a “Operação Copa”. A medida, solicitada pelo chefe do Executivo ao governador do Estado, Geraldo Alckmin, é semelhante à “Operação Verão”, que é implantada na Região na época de alta temporada. “Eu sugeri ao governador do Estado que, da mesma forma que existe a Operação Verão realizada durante a temporada onde temos um fluxo de turistas significativo, nós termos uma Operação Copa, especialmente para os municípios que serão subsedes. Esta proposta foi acolhida e o Governo do Estado vai reforçar o efetivo durante o período da Copa do Mundo”, garante.
Segundo o prefeito, a cidade estará segura para receber os turistas e as duas delegações que permanecerão na cidade durante o Mundial, Costa Rica e México. “Nós vamos ter uma cidade segura. Nós temos condições para receber as delegações e os turistas. Segurança é um esforço permanente, contínuo, ininterrupto e é isso que a gente tem feito. São várias ações desenvolvidas por parte do Município para aumento significativo da frota da Guarda, da renovação e ampliação da frota. Um conjunto de ações do governo para que a cidade se torne mais segura. Nós não temos o entendimento de que a segurança é um problema exclusivo do Estado, o município pode e deve fazer a sua parte. E isso é que estamos fazendo”.
Nesta quinta-feira, dia 15, Paulo Alexandre anunciou o início da “Atividade Delegada” na Cidade, parceria entre Prefeitura e Governo Estadual que prevê a atuação desses profissionais nas principais áreas comerciais em seus horários de folga, pagos pelo município. Serão 40 policiais militares que, ontem, já começaram a trabalhar na segurança do Gonzaga. Também trabalharão no Centro e praia. “Essa parceria é boa ao policial que aqui reside e conhece com detalhes a realidade da cidade e seus pontos vulneráveis. Ele poderá participar do programa sem precisar se deslocar para São Paulo. Com isso, ganha a população, com mais segurança”, afirmou o prefeito, ressaltando que a meta é ampliar este efetivo.
O serviço é feito com fardamento e equipagem militar, em horários alternados à jornada da corporação e em até oito horas. Por mês, será permitido atuar até dez vezes. Os policiais que trabalham ou moram na Região poderão se cadastrar e os selecionados recebem R$ 19,72 ou R$ 26,32 por hora trabalhada, conforme o cargo. O convênio é válido por cinco anos.
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Guarda Municipal
Também foram entregues duas motocicletas, 50 pistolas taser e 60 sprays de pimenta à Guarda Municipal. Os novos equipamentos foram garantidos graças à adesão ao programa ‘Crack, é possível vencer’, do governo federal. Ainda neste semestre serão entregues pelo programa um micro-ônibus interligado a 20 câmeras, que serão espalhadas pela cidade e captarão imagens em tempo real, e ainda mais duas viaturas Sedan.
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Além disso, a prefeitura adquire outras sete viaturas, sendo cinco picapes com cabine dupla e duas fechadas para utilização do canil. A ampliação do efetivo com os 150 candidatos aprovados em concurso público, que se somarão aos 350 atuais, foram destacadas pelo titular da Seseg, Sérgio Del Bel Júnior. “Eles começaram a ser chamados, passarão por exames médicos e farão curso de formação para atuar a partir do segundo semestre. Isso tudo se reverte em mais segurança”.
Câmeras
A Prefeitura publica amanhã edital de licitação para compra de 104 câmeras, das quais 73 com tecnologia OCR (Reconhecimento Óptico de Caracteres) e 31 fixas, a serem instaladas nas entradas/saídas da cidade e divisas com municípios até o final do ano. Trata-se da segunda fase de implementação do sistema de monitoramento urbano, que já tem garantidos R$ 2.406.773,76, do Fundo de Desenvolvimento Metropolitano da Baixada Santista, com contrapartida da Prefeitura. OCR permite a leitura das placas dos veículos e indica ocorrências em relação à segurança.
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“Não é o ideal, mas PM precisa complementar o salário”
Para o comandante do 6º BPM/I, Marcelo de Oliveira Cardoso, a “Atividade Delegada” propicia que os policiais executem o trabalho com segurança e ajuda a complementar o salário. Além disso, Cardoso garante que o número de policiais exercendo esta função pode aumentar. “Existe a possibilidade de aumentar o efetivo. Já está se estudando. O número de policiais inscritos é muito grande. É uma garantia para o policial. O policial militar tinha que sair daqui para prestar os seus serviços em outro município. Agora ele vai ficar em Santos. Não quero dizer que seja isso o ideal, mas o policial militar precisa complementar o seu salário”, explica.
Segundo o comandante, o efetivo da cidade hoje é de cerca de 800 policiais. “Não é o suficiente. Hoje, Santos deixou de ser uma cidade de 430 mil habitantes. Ela passa dos 500 mil todos os fins de semana. Ela passa a ser uma metrópole todo o fim de semana. Eu passo a ter um problema de cidade grande. Não só nos delitos, mas no próprio cotidiano. Com esse ganho de efetivo extra, eu consigo fazer um trabalho estratégico nos pontos onde realmente a população está precisando”, garante.
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Quando perguntado sobre o fato de um PM ter que complementar o salário com trabalhos extras, Cardoso admite que a remuneração não é ideal, mas que há uma política de governo para melhorar. Mesmo assim, explica que a “Atividade Delegada” é importante para reforçar a segurança da cidade. “O problema com o número de efetivo é grande, mas com a ‘Atividade Delegada’ eu consigo suprir algumas destas necessidades, não todas. Estes policiais irão atuar em áreas de ambulantes ou que posso ter um risco em relação ao comércio. E não é só isso. Indiretamente, quando eu reforço o policiamento, eu atuo em diversos setores. Então, quem vai ganhar no caso é munícipe”.