Muitos consumidores têm dificuldades para quitar seus compromissos financeiros / Freepik/rawpixel.com
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Desde outubro de 2024, a cidade de Santos tem enfrentado um crescimento contínuo na inadimplência, mantendo a tendência de alta por cinco meses consecutivos.
Segundo um estudo da CDL Santos Praia, baseado em dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o índice de débitos em atraso aumentou 0,79% em fevereiro de 2025.
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Embora esse percentual seja menor que o registrado em janeiro (1,55%), ainda demonstra um cenário preocupante.
Na contramão dessa tendência, a região Sudeste apresentou uma redução na inadimplência de 0,40%, assim como a média nacional, que teve uma leve queda de 0,04%.
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Para compilar esses dados, a análise verificou a quantidade de débitos e de consumidores negativados no banco de informações do SPC Brasil.
Em um recorte anual, comparando fevereiro de 2025 com o mesmo período do ano anterior, houve uma retração de 1,80% na inadimplência em Santos. No entanto, em nível regional e nacional, os indicadores apresentaram crescimento: 1,67% no Sudeste e 3,22% no Brasil.
A análise detalhada mostra que a faixa etária mais afetada pela inadimplência em Santos está entre 50 e 64 anos, representando 24,17% do total. A distribuição por gênero é equilibrada, com 52,38% de mulheres e 47,62% de homens.
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A situação financeira dos moradores da cidade tem sido impactada por fatores como a inflação e o aumento dos preços de produtos essenciais.
Como resultado, muitos consumidores têm dificuldades para quitar seus compromissos financeiros, o que afeta diretamente o movimento do comércio local.
O levantamento apontou que, em fevereiro de 2025, cada consumidor com restrição no nome devia, em média, R$ 5.968,20, considerando todas as pendências financeiras acumuladas.
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A distribuição dos débitos ficou da seguinte forma:
O tempo médio de atraso nos pagamentos é de aproximadamente 28,1 meses, o equivalente a dois anos e três meses. Dentro desse grupo, 41,06% dos consumidores estão com dívidas em aberto entre um e três anos.
Em relação ao total de pendências registradas, houve uma queda de 0,38% entre fevereiro de 2024 e fevereiro de 2025 para os moradores de Santos.
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No entanto, tanto a região Sudeste (4,13%) quanto o Brasil (5,29%) apresentaram crescimento no período.
Na comparação mensal, entre janeiro e fevereiro de 2025, a quantidade de débitos em atraso na cidade subiu 2,08%, enquanto no Sudeste o aumento foi de 0,53%, e no Brasil, de 0,54%.
Os inadimplentes santistas possuem, em média, 2,179 débitos em aberto. Esse valor é ligeiramente inferior à média da região Sudeste (2,191) e superior à nacional (2,148).
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Os bancos lideram a lista de setores com o maior número de débitos em atraso em Santos, com 81,71% do total. Em seguida, aparecem outras categorias (8,08%), serviços de comunicação (3,96%), contas de água e energia elétrica (3,53%) e o comércio (2,72%).
Fundada em 18 de outubro de 1973, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Santos Praia é uma organização sem fins lucrativos que atua em prol do fortalecimento do setor varejista.
Com cerca de mil associados, oferece serviços como assessoria jurídica, planos de saúde e odontológico com valores acessíveis, consultas ao SPC Brasil, locação de espaços para eventos empresariais, cartões de benefícios e consultoria especializada.
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Criada em 1960, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas é composta por federações estaduais (FCDLs), câmaras municipais (CDLs), SPC Brasil e CDL Jovem.
Representa mais de 500 mil empresas em todo o país, sendo uma das maiores redes do setor varejista. Seu objetivo é fortalecer a livre iniciativa e apoiar o desenvolvimento econômico, contribuindo para a geração de empregos e movimentação financeira.