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Santos conta agora com uma unidade da Fundação Casa, o primeiro centro socioeducativo para a internação de adolescentes autores de ato infracional com idade entre 12 e 21 anos incompletos. A instituição, inaugurada ontem, tem capacidade para abrigar até 64 internos. O investimento do Governo do Estado é de R$ 5,5 milhões.
A unidade, localizada no Monte Cabrão, Área Continental da Cidade, é a sétima da Baixada Santista. Praia Grande, Mongaguá, São Vicente, Itanhaém e Peruíbe já contam com o equipamento.
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Seguindo o modelo arquitetônico adotado pelo Governo do Estado, a unidade possui três pisos, além de uma área técnica e outra operacional.
No primeiro (térreo), há salas de aula, refeitório, consultórios médico e odontológico, assim como uma sala multiuso, para cursos de educação profissional, e uma sala de informática.
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No segundo piso ficam os dormitórios. E no terceiro piso se encontra a quadra poliesportiva, também usada nas visitas, festas e atividades culturais.
De acordo com a presidente da Fundação Casa, Berenice Giannella, cursos de educação profissional, aulas de arte e cultura e atendimento psicossocial serão aplicados aos adolescentes internos. “Com todo esse trabalho, a gente espera dar a ele (ao adolescente) um atendimento que muitas vezes não teve antes de chegar aqui na fundação”, diz.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) determina a internação como medida excepcional, em que o adolescente pode ficar privado de liberdade por até três anos.
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Na visão do vice-prefeito de Santos, Eustázio Pereira Filho, que esteve presente na inauguração do equipamento, a Fundação Casa representa o resgate dos adolescentes envolvidos com a criminalidade, “onde os jovens têm a sua auto-estima realmente trabalhada, a canalização dos seus talentos e energias para as artes, para a cultura e o esporte”, diz.
Os internos contarão com o atendimento de 66 funcionários. O centro pertence à Divisão Regional Litoral (DRL), uma das 11 administrações regionalizadas da Fundação CASA no Estado de São Paulo.
Crimes
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O crime mais cometido pelos adolescentes hoje internados na Fundação Casa em todo o Estado é o roubo, representando 43% das internações. Em seguida aparece o tráfico de drogas, com 40%. Furto e outros crimes são as outras causas. “Mas acho importante destacar que o homicídio não chega a 1% dos jovens da Fundação, o latrocínio também não. Então os crimes mais bárbaros, que chocam a sociedade, se nós somarmos todos que estão na Fundação, não chega a 3% dos nossos internos”, ressalta Berenice.
O custo médio de um interno gira em torno de R$ 8 mil por mês.