Cotidiano
A maioria dos trabalhos envolve drenagem e estabilização de encostas. Também foram realizadas intervenções para remoção e destinação de resíduos
Santos já completou 11 obras e continua executando outras 12 nos morros da Cidade / Divulgação/PMS
Continua depois da publicidade
Um ano após o temporal e deslizamentos que mataram oito pessoas e deixaram outras centenas desabrigadas, no Morro São Bento (3 de março de 2020), Santos já completou 11 obras e continua executando outras 12 nos morros da Cidade. Com foco na segurança para os moradores, as intervenções têm um custo de R$39,3 milhões e são realizadas pelas Secretarias de Infraestrutura e Edificações (Siedi) e de Serviços Públicos (Seserp), com apoio da Defesa Civil. Os recursos são divididos entre Município, Estado e União.
A maioria dos trabalhos envolve drenagem e estabilização de encostas. Também foram realizadas intervenções para remoção e destinação de resíduos, além de 143 demolições de imóveis em áreas de extremo risco. Segundo a Defesa Civil, outros 300 imóveis terão o mesmo destino, em função do perigo que representam para seus moradores.
Continua depois da publicidade
"As obras de encosta impactam diretamente na segurança das pessoas. Elas se sentem mais confiantes, veem que a Prefeitura está atuando. A comunidade tem participado fiscalizando, cobrando e atuando, porque, na medida do possível, as empresas que estão executando as obras procuram a mão de obra local. Além do feedback deles, que é essencial", destacou Larissa Oliveira Cordeiro, secretária de Infraestrutura e Edificações.
Divisão
Continua depois da publicidade
Das 11 obras já realizadas, sete foram no São Bento, morro que mais sofreu com o deslizamento de 2020, enquanto Nova Cintra, Penha, Santa Maria e Monte Serrat receberam uma intervenção cada.
Das intervenções em andamento, três estão no São Bento, enquanto Santa Maria, Penha e Monte Serrat estão recebendo duas obras cada. Já os morros Boa Vista, Fontana e Pacheco, estão recebendo uma intervenção cada.
Para Marcos dos Santos, que mora há 40 anos no São Bento, essas obras valorizaram a região. "Ficou muito bom para nós. Estamos mais seguros. Depois desse deslizamento, a Prefeitura melhorou as encostas, deu mais segurança, asfaltou as ruas e tudo isso está sendo ótimo. A estrutura no morro está muito melhor agora".
Continua depois da publicidade
Prioridades
Wagner Ramos, secretário de Serviços Públicos, explicou como foi definida a prioridade nas ações: "de acordo com a avaliação da Defesa Civil, priorizamos algumas obras necessárias para fazermos contenções, principalmente em remoções de materiais de escorregamento, intervenções de contenção e drenagem. São obras complementares, importantes para evitar novos acidentes".
Atenção
Continua depois da publicidade
"Ano passado foi um volume de chuva fora do comum, num fenômeno que acontece de tempos em tempos. Para esse ano, a previsão de chuva está dentro da normalidade, mas preocupa também, porque no verão o volume é muito grande de água. Por isso, fica o alerta para que, em qualquer sinal de deslizamento, as pessoas entrem em contato com a Defesa Civil", apontou Daniel Onias, Coordenador da Defesa Civil de Santos.
Mais obras
Outras 75 obras de segurança estão previstas para os morros da Cidade, sendo 32 com projeção de início em 2021 e 43 em 2022. Dentre elas, novamente, o São Bento será o maior contemplado, com nove intervenções, enquanto os morros da Nova Cintra, Marapé, Fontana e Monte Serrat receberão 8 obras.
Continua depois da publicidade
O Morro José Menino será contemplado com sete; Santa Maria, seis; Saboó, com cinco; Pacheco, quatro; Caneleira e Cachoeira, com três; Ilhéu Alto, dois, e o Morro da Penha, com uma intervenção.