Augusto Viana é o presidente do CRECI-SP / Divulgação
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Há 49 anos o pai de José Augusto Viana Neto, Dagmar Abreu Viana, fundava sua própria imobiliária em Praia Grande. Desde então, Augusto Viana testemunhou todas as transformações no mercado imobiliário da Baixada Santista, do Estado e do País. Neste meio século de experiência, viu altos e baixos, mas garante que não perde dinheiro quem investe em imóveis em Santos. E diz que não é a inclinação que determina o valor dos apartamentos nos 319 prédios tortos da Cidade.
Diário: Os prédios inclinados diminuem o valor do metro quadrado em Santos?
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Augusto Viana: “Esse é um assunto que estamos sempre debatendo. Não vejo que isso possa influenciar o preço médio do metro quadrado. O imóvel pode até valer um pouco menos porque os azulejos são mais antigos, porque o elevador é um pouco mais lento, porque vai exigir um pouco mais de manutenção, mas não porque o prédio é inclinado”.
Diário: O senhor indicaria a um cliente um apartamento em edifício inclinado?
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Augusto Viana: “Quem quer um prédio em frente ao mar, compra. Não interessa! E está mais do que comprovado que eles não oferecem risco. Santos é uma Cidade onde o investidor pode investir com tranquilidade porque não vai perder dinheiro”.
Diário: Então, vale a pena investir em imóveis em Santos, mesmo que o metro quadrado esteja valendo menos que em outras praias?
Augusto Viana: “Santos sempre oferece qualidade de vida. É um mercado aquecido, não tem retrações. Pode até diminuir um pouco a velocidade em alguns momentos, mas é um mercado vivo”.
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Diário: Então, o que está acontecendo agora é uma acomodação nos preços dos imóveis?
Augusto Viana: “No (tempo do) pré-sal, os preços ficaram impraticáveis. Você vendia um apartamento de dois dormitórios em Santos e comprava um de quatro quartos em Praia Grande...”.
Diário: Voltando à questão dos prédios inclinados, os síndicos estão se reunindo em uma associação para buscar formas de estabilizar e realinhar seus edifícios através de linhas de crédito de longo prazo, provavelmente através do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Qual é a sua avaliação a respeito dessa iniciativa?
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Augusto Viana: “Acho (que o financiamento público) uma boa saída. Seria uma maravilha. Mas, há muita complexidade de detalhes técnicos e jurídicos, cada condomínio tem suas peculiaridades”.