Doação benefeciou as cidades de Santos, Praia Grande, Guarujá, Cubatão e São Vicente / Matheus Tagé/DL
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Diversos são os registros deste alimento considerado sagrado pela humanidade. Fonte de inpiração para diversos artistas, o pão impulsionou a poesia do escritor Ferreira Gullar: “Sei que a vida vale a pena, mesmo que o pão seja caro e a liberdade pequena”, a música da banda Los Hermanos: “E até quem me vê lendo jornal na fila do pão, sabe que eu te encontrei” e a roteirista dos mais jovens Tati Bernardi: “Tem muito pão com ovo se achando Big Mac”.
Para homenagear um alimento tão popular, a União dos Padeiros e Confeiteiros de Nova Iorque instituiu em 16 de outubro de 2000 o Dia Mundial do Pão.
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Na Baixada Santista, o Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de Santos e Região realizou, na última terça-feira, a tradicional doação de pães para celebrar a data.
Com o apoio de empresas do setor, foram produzidos 45 mil pães foram distribuídos para entidades assistenciais de algumas cidades da região.
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Dialino dos Santos Rosário, presidente do sindicato, explicou que o intuito da ação é doar um pouco do que se tem e lembrar as pessoas de que todos podem ajudar o outro. “Além do arroz e feijão, outra combinação perfeita é o leite com o pão. Já é hábito dos brasileiros, principalmente, o pão e o leite estarem na mesa. Sem pão não tem café”, ressaltou.
Segundo ele, mesmo com tantas receitas novas, o pãozinho francês continua sendo o carro chefe das padarias.
Doações
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Durante a distribuição, Karen Simeão, assessora do Fundo Social de São Vicente, retirou 14 mil pães que foram divididos entre 60 entidades da cidade. Representantes dos municípios de Praia Grande, Guarujá e Cubatão também estiveram presentes.
“Todo ano venho aqui. As crianças já ficam esperando o lanche especial desta tarde. No nosso ramo, toda doação é bem-vinda”. O lembrete vem de Marcele Marques, diretora da Creche Lar Escola Irmã Sheila, em Santos. A escola abriga 92 alunos entre 1 e 6 anos de idade, alguns em período integral.
Inovação
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Com um público cada vez mais exigente, os donos de padarias se mantém atentos para manter a clientela fiel e atrair novos. Hoje é possível encontrar pão para quem não quer sair da dieta ou tem alguma restrição alimentar. As panificadoras oferecem ciabatta, baguete, italiano, integral, vitaminado, light e até sem glúten e sem lactose.
A forma de fabricar o pão francês também mudou. Em 2012, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou um documento (Guia de Boas Práticas Nutricionais) que serviu de modelo para ajudar os comerciantes do setor a reduzir o teor de sal nas receitas em 10%. Antes, uma unidade de 50 gramas continha 320 miligramas de sódio. Hoje possui 289 miligramas.
Padarias x Empórios
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Outro fator é a mudança do perfil da padaria de bairro para grandes empórios. Para Dialino, esta nova roupagem traz apenas um ar mais moderno para o comércio e é uma forma de aumentar a variedade de produtos oferecidos ao consumidor. Mas, destaca que o que vale sempre é a qualidade do pãozinho oferecido.
Números
Conforme o presidente do sindicato, existem na Baixada Santista 850 panificadoras.
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Cada santista consome em média 30 Kg de pão por ano. Para ele, o consumo ainda é baixo se comparado à Europa, onde varia de 35 a 45 Kg por pessoa.
“Há uma tentativa de substituir o pão francês por outros alimentos, mas para mim, nenhum outro o supera”, brinca.
Em média o preço da mercadoria varia de R$12 a R$15 o quilo e não há como prever reajustes no valor, já que cada padaria coloca o preço necessário para manter o negócio.
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Carreira
Quem tiver interesse em trabalhar na área de panificação, encontra informações sobre cursos e convênios na sede do sindicato, na Avenida Afonso Pena, 736, Estuário, em Santos.
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