Cotidiano

Santistas vão às ruas para dar um basta à violência contra a mulher

Pelo menos 450 santistas foram às ruas participar da caminhada deste domingo

Da Reportagem

Publicado em 27/11/2022 às 20:40

Atualizado em 27/11/2022 às 20:43

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Com camisetas em tom laranja e faixas chamando a atenção da sociedade para o tema, elas percorreram um trecho da Avenida Vicente de Carvalho / Marcelo Martins/PMS

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Pelo menos 450 santistas foram às ruas participar da caminhada Basta de Violência contra a Mulher, na manhã do domingo (27). Com camisetas em tom laranja e faixas chamando a atenção da sociedade para o tema, elas percorreram um trecho da Avenida Vicente de Carvalho, no Boqueirão, entre a Avenida Conselheiro Nébias e o canal 3, em Santos.

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Antes da largada, alunos do curso de Fisioterapia da Unip realizaram atendimento de aferição de pressão, orientação e avaliação postural, além de preparar um aquecimento para os participantes durante a concentração, contou o professor e coordenador do curso, Erik Oliveira Martins.

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Convidada pela nora, a psicóloga Ana Lúcia Menezes Rodrigues, decidiu reforçar o coro e se engajar numa batalha é que de todos.  “É uma luta importante e cada vez mais as pessoas precisam ir para as ruas chamar a atenção para este problema grave que, em pleno século 21, ainda existe no Brasil e no mundo”.

Reforçar a atenção do público para a luta contra a violência destinada ao público feminino é fundamental, acrescenta a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (Commulher), Ercilla Maria Vargas Wiggert. “A gente tem que, cada vez mais, gritar contra qualquer forma de violência que envolva a mulher. Temos também de chamar os homens para esta luta. A violência é muito cultural, muitos homens nasceram, no passado, sob a cultura de que mulher é submissa. Precisamos mudar isso e também trabalhar as crianças, os meninos, desde pequenos, para saber como devem tratá-las”.

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Um dos homens na caminhada, o comerciante Alberto Mesquita conta que fez questão de acompanhar a mulher e reforça que a luta precisa ser de todos. “Tem que participar e mostrar para os outros homens que ninguém é superior. Tem de haver união contra agressores. Eles precisam ver que não há mais espaço no mundo para a violência contra a mulher”.

ONU
O evento está incluído na campanha da Organizações das Nações Unidas (ONU), que apoia os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas e teve início em 25 de novembro - Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres. Laranja foi a cor escolhida pela ONU para representar todo o movimento.

“A gente faz esta caminhada como um sinal de alerta, então ela é muito significativa. As mulheres precisam estar juntas e dizer umas para as outras que ninguém precisa e nem deve passar por qualquer tipo de agressão. E temos que chamar a atenção de toda a sociedade, trazendo os homens também para a caminhada, e falar incansavelmente deste tema”, reforça a vice-prefeita e secretária da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos, Renata Bravo.

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Em Santos, a ação foi organizada pela Coordenadoria de Políticas para a Mulher (Comulher), que faz parte da Secretaria da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos (Semulher) e contou também com os Movimento de Arregimentação Feminina (MAF); Soroptimist Internacional de Santos; Mulheres que Decidem; Rotary Club de Santos Boqueirão; OAB-Santos; Grupo Mulheres do Brasil - Santos; Câmara Municipal de Santos.

HISTÓRICO
O evento terminou na Concha Acústica com a explicação sobre a origem da data em que é celebrado o Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher, convencionada pela ONU desde a Assembleia Geral da instituição de 1999. A data homenageia as irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, três mulheres vítimas de homicídio cometido pelo ditador Rafael Leônidas Trujillo, da República Dominicana, em 25 de novembro de 1960. O trio combateu duramente a ditadura no país e acabou sendo assassinado

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