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A falta de rede de distribuição e abastecimento de água tratada e de rede coletora de esgoto na Baixada Santista deverá estar sanada em quatro anos. O anúncio foi feito pelo presidente da Sabesp, Gesner de Oliveira, em reunião com os prefeitos da Região Metropolitana, na manhã de ontem, na Prefeitura de Santos. Participaram do encontro os prefeitos João Paulo Tavares Papa (Santos), Tércio Garcia (São Vicente), Alberto Mourão (Praia Grande), Farid Madi (Guarujá), Clermont Silveira Castor (Cubatão), João Carlos Forssell (Itanhaém) e a vice-prefeita de Peruíbe, Julieta Omuro. Já os prefeitos de Bertioga e Mongaguá enviaram representantes.
Os deputados estaduais Maria Lúcia Prandi, Bruno Covas, Paulo Alexandre Barbosa e Haifa Madi também estavam presentes e cobraram cronogramas e prazos do presidente da Sabesp. Em sua explanação, no salão nobre do Paço, Gesner apresentou a evolução da rede de abastecimento de água e de tratamento de esgoto desde 1980 e falou dos investimentos da ordem de R$ 2,1 bilhões necessários para infra-estrutura de saneamento básico de toda a Região, atendendo principalmente a população de baixa renda. As obras serão custeadas em parceria com os Municípios e o Ministério das Cidades dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com financiamento da Caixa Econômica Federal e internacional.
De acordo com Gesner, atualmente 88% da Região conta com rede de água tratada. Já o déficit de rede coletora de esgoto é de mais de 50%. Gesner disse ainda que a empresa pretende reduzir as perdas na distribuição de água em até 30%. Outra questão em pauta na reunião foi a qualidade da água e a balneabilidade das praias. O prefeito de Cubatão questionou a Sabesp sobre a suposta contaminação da água que abastece o bairro da Água Fria e sobre o risco à saúde dos moradores daquela região com suposta contaminação do solo por lixo tóxico.
O diretor de sistemas regionais da Sabesp, Humberto Semeghini, garantiu que a região citada pelo prefeito não apresenta contaminação e nem riscos à saúde. Clermont também questionou os representantes se a Sabesp está realizando estudos para apurar se a incidência de câncer de rim na região está relacionada a água consumida.
Investimentos
Entre os projetos previstos para a Região, estão o Sistema Produtor de Água Mambu-Rio Branco (Litoral Sul e Centro), Sistema Produtor de Água Melvi (Praia Grande) e ampliação da Estação de Tratamento de Cubatão (ETA Cubatão). O prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa, afirmou que para a implantação total da rede de água e de esgoto nas cidades da Baixada, é preciso primeiro tratar da poluição dos mananciais. “É preciso atacar as causas da contaminação da água que abastece a Região que são consequência de ocupações irregulares, como acontece em Cubatão, que colocam em risco a qualidade da água bruta para garantir a qualidade e o tratamento da água”.
O prefeito de São Vicente, Tércio Garcia, também cobrou os prazos de obras de saneamento que beneficiarão a Cidade. Semeghini respondeu ao prefeito que as obras do sistema produtor de Mambu-Rio Branco e do Emissário Submarino que beneficiarão também moradores de São Vicente, estão entre as obras previstas para início no segundo semestre deste ano, com prazo pata término de 48 meses.
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