Operação de resgate com o helicóptero do Corpo de Bombeiros em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul / Lauro Alves/SECOM
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Muito comum em épocas de chuva intensa e enchentes, a leptospirose é uma doença transmitida por bactérias do gênero Leptospira. A infecção em humanos acontece por meio do contato com a urina de ratos infectados ou com água e lama contaminadas.
Em áreas de risco para inundações, a incidência da doença pode aumentar em mais de 10 vezes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
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Em 2023, o Brasil registrou 3.128 casos confirmados de leptospirose, com 258 óbitos e uma taxa de letalidade equivalente a 8,2%. As regiões com maior incidência foram Sul e Sudeste, com 1.119 e 1.021 casos, respectivamente.
Quem for infectado pela bactéria pode apresentar, na primeira semana, chamada de fase precoce, febre de início súbito acima de 38°C, calafrios, dor de cabeça, dor muscular (principalmente na panturrilha), falta de apetite, náusea e vômitos. Cerca de 30% dos pacientes podem apresentar olhos vermelhos, outra característica marcante da doença, de acordo com o Ministério da Saúde.
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Quadros mais graves ocorrem em aproximadamente 15% dos indivíduos, a partir da segunda semana, quando há aumento da produção de anticorpos. Os principais sintomas são icterícia (pele e olhos amarelados), insuficiência renal, alteração no nível de consciência e hemorragia. Tosse seca e falta de ar podem indicar comprometimento dos pulmões. A mortalidade é de 10% e pode chegar a 50% quando ocorre hemorragia pulmonar.
Como os atuais testes detectam a leptospirose somente após uma semana do início dos sintomas, é recomendado buscar atendimento médico assim que houver suspeita de infecção para iniciar o tratamento com antibióticos. A atenção deve ser redobrada após exposição a enchentes: a doença pode se manifestar até 30 dias após o contato com lama ou água contaminadas.
A bactéria Leptospira entra no corpo por mucosas da boca, nariz e olhos, e por meio da pele em caso de imersão prolongada na água contaminada. Feridas e cortes facilitam a infecção. Em situações de inundação, o Ministério da Saúde recomenda as seguintes medidas de prevenção:
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O controle dos roedores também é importante para evitar a proliferação da doença. Para isso, faça o descarte adequado do lixo, evitando acúmulo de entulhos, desinfete e vede caixas d'água, e feche frestas e aberturas em portas, paredes e rodapés.
O lixo deve ser colocado em sacos plásticos ou em latões de metal com tampa, e armazenado em locais altos até que seja coletado.
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