Cotidiano

Sabesp volta a limitar retirada do Sistema Cantareira

A nova regra vale até o dia 15 de maio, quando a Sabesp pretende iniciar a captação de água do chamado "volume morto"

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 30/04/2014 às 20:28

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A Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) decidiram ontem reduzir em 9,7% o volume máximo de água que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) poderá retirar do Sistema Cantareira, a partir desta quinta-feira, dia 1º, para o abastecimento de mais de 8 milhões de pessoas na Grande São Paulo.

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Em comunicado conjunto, os órgãos reguladores federal e estadual definiram que a vazão máxima de transferência de água pelo túnel 5, entre os reservatórios Atibainha, em Nazaré Paulista, e Paiva Castro, em Mairiporã, será de 22,4 mil litros por segundo, 2,4 mil litros a menos que a vazão permitida até ontem: 24,8 mil litros por segundo. Para as bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), na região de Campinas, a vazão foi mantida em 3 mil litros por segundo.

A nova regra vale até o dia 15 de maio, quando a Sabesp pretende iniciar a captação de água do chamado "volume morto" - reserva profunda represada abaixo do nível das comportas - nas Represas Jaguari-Jacareí, na região de Bragança Paulista, que estão com apenas 3,1% da capacidade. Ao todo, o nível do sistema ontem era de 10,7%, o mais baixo da história.

Segundo a ANA e o DAEE, a nova vazão representa a "manutenção da mesma ordem de grandeza das vazões efetivamente praticadas em abril". De acordo com o comitê anticrise, que monitora a seca do Cantareira, a Sabesp retirou, na média, 21 mil litros por segundo do túnel 5 no mês passado. Na estação elevatória em Paiva Castro, a retirada foi de 24,8 mil litros. Antes da crise, a média era de 31 mil litros por segundo.

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A Sabesp voltou a limitar retirada do Sistema Cantareira (Foto: Nilton Cardim/Estadão Conteúdo)

Os números mostram que, na prática, a diminuição de 20% definida nesta quarta-feira não deve impactar ainda mais o abastecimento da Grande São Paulo, ao contrário do que ocorreu na redução anunciada no início de março pelos órgãos reguladores. Na ocasião, a Sabesp teve de reduzir de 31 mil litros para 27,9 mil litros a retirada de água do manancial e, por isso, decidiu cortar em 15% o volume de água vendido no atacado para as cidades de São Caetano e Guarulhos, que são atendidas pelo Cantareira. Surpreendida, Guarulhos acabou decretando racionamento oficial de água.

Retirada

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Segundo a presidente da Sabesp, Dilma Pena, a companhia já reduziu em 6 mil litros por segundo o volume de água retirado do Cantareira desde o início da crise, em janeiro. Nesse período, a Sabesp adotou o desconto para quem economiza água, iniciou o remanejamento dos Sistemas Guarapiranga e Alto Tietê para áreas do Cantareira e reduziu a pressão da água na distribuição noturna.

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