Cotidiano
O Sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de água de 8,8 milhões de clientes da concessionária, atingiu hoje o menor nível desde o início de sua operação, em 1974
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Durante audiência pública sobre os valores da sua revisão tarifária, a Sabesp voltou a descartar a hipótese de um racionamento de água na Grande São Paulo. "A Sabesp não trabalha com (a possibilidade de) racionamento. Estamos fazendo tudo para evitar", afirmou o diretor de Finanças e de Relações com Investidores da concessionária, Rui de Britto Affonso.
Segundo o executivo, um corte no abastecimento seria danoso não apenas aos consumidores, mas também ao equilíbrio financeiro da companhia. "Quem fala em racionamento não entende que essa é uma medida extremamente danosa para o consumidor e para a indústria. Os gastos para evitar serão menores do que os gastos de um racionamento".
De acordo com Affonso, ainda é cedo para calcular o impacto financeiro das medidas anunciadas para garantir o abastecimento, como o programa de bônus e o investimento de R$ 80 milhões para exploração do sistema Cantareira. No entanto, o executivo confirmou que os gastos não estavam previstos no plano de investimentos iniciais da companhia, conforme antecipou o Broadcast. Em 2014, a companhia previa investir R$ 981,1 milhões nos serviços de abastecimento de água. Affonso não soube dizer se esse total será extrapolado, mas disse que a Sabesp terá que "rebalancear as finanças" para o ano.
O Sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de água de 8,8 milhões de clientes da concessionária, atingiu hoje o menor nível desde o início de sua operação, em 1974. O volume de água armazenado nos reservatórios corresponde apenas a 15,7% da capacidade total.
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