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A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) pagou R$ 504 mil em bônus para os seis diretores em 2014, quando a crise hídrica foi deflagrada e a empresa iniciou racionamento de água velado para a população, com a redução da pressão e o fechamento da rede durante parte do dia.
Os dados constam do relatório de sustentabilidade de 2014, divulgado pela Sabesp no fim de março. A bonificação total paga aos diretores no ano passado foi 11% menor do que em 2013, quando o valor chegou a R$ 566 mil. O benefício representa acréscimo de R$ 20.590 ao salário dos executivos.
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Segundo o estatuto da Sabesp, o bônus "não está vinculado ao atingimento de metas estabelecidas", como redução do índice de perdas de água ou aumento da coleta e tratamento de esgoto. Ele "é pago desde que a companhia efetivamente apure lucro em período trimestral, semestral e anual e distribua aos acionistas o dividendo obrigatório", de 25% do lucro líquido do exercício.
Por causa da crise, o lucro registrado pela Sabesp em 2014 foi 53% menor do que no ano anterior, queda de R$ 1 bilhão. Ao todo, a estatal vai repassar R$ 252,3 milhões aos acionistas: 50,3% para o governo paulista e 49,7% para investidores nas bolsas de São Paulo e Nova York. Em 2013, o repasse do lucro obtido foi de R$ 537,5 milhões.
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Em nota, a empresa afirma que o bônus pago aos diretores em 2014 se refere ao exercício de 2013, quando não havia crise hídrica. Segundo a estatal, o lucro é calculado ao final de cada ano e pago aos executivos no ano seguinte. A distribuição de bônus é limitada a seis vezes o valor do salário, ou 10% do lucro distribuído.
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