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O corte de investimentos em coleta e tratamento de esgoto não deve afetar a Baixada Santista. Diferente da situação enfrentada pelas cidades do Litoral Norte, a Sabesp garantiu que as obras na Região, realizadas pelo programa Onda Limpa, estão mantidas.
Segundo a companhia, a coleta do esgoto nos nove municípios da Baixada é total, sendo que o índice de cobertura de esgoto (residências em áreas regularizadas com acesso à rede pública de esgoto) é de cerca de 80%.
O programa Onda Limpa deve investir R$ 4,6 bilhões e está dividido em duas etapas. A primeira, realizada entre 2007 e 2012, recebeu aporte financeiro de R$ 1,5 bilhão. Nesta fase foram construídos 845 km de redes coletoras, 48 km de coletores tronco, 2 km de interceptores, 73 km de linhas de recalque, 89 estações elevatórias, 86.797 ligações domiciliares, 7 estações de tratamento, 2 estações de pré-condicionamento, 2 km de emissários terrestres e 4 km de emissário submarino.
Atualmente, a Sabesp realiza a etapa de obras complementares às obras da primeira etapa já realizadas. Os trabalhos abrangem os municípios de Bertioga, Cubatão, Guarujá Praia Grande, Mongaguá e Itanhaém. Com investimento de R$ 1,3 bilhão, os trabalhos, que iniciaram em 2013, devem ser concluídos em 2018.
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Devem ser instalados até lá 813 km de redes coletoras, 20 km de coletores tronco, 55 km de linhas de recalque, 100 estações elevatórias, 93.458 ligações domiciliares, duas estações de pré-condicionamento, duas ampliações de estações de tratamento, 7 km de emissários terrestres e 1,3 km de emissário submarino. Com isso, a expectativa da companhia é que o índice médio de atendimento em coleta de esgotos atinja 92%.
Exigências do Gaema
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A segunda etapa do Onda Limpa está prevista para começar este ano e terminar em 2022. Pela complexidade das obras, ela foi dividida em duas fases e terá investimento de R$ 1,8 bilhão.
Na primeira fase, que deve começar ainda este ano e ir até 2020, estão previstos 660 km de redes coletoras e coletores tronco, 60 km de linhas de recalque, 98 estações elevatórias, 46.320 ligações domiciliares, 5 estações de tratamento, ampliação e um sistema de disposição final de resíduos gerados nos sistemas de água e de esgotos da Baixada Santista.
A outra fase será realizada entre 2019 e 2022. Segundo a Sabesp, ela corresponde a exigências do Grupo de Ação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) em relação ao tratamento de esgoto em Praia Grande, substituição aos sistemas de disposição oceânica de esgotos e de subsistemas. Além disso, também deverão ser realizadas obras de melhorias no sistema de disposição oceânica de esgotos que atende a área insular de Santos e São Vicente.
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Dentre as alternativas que são estudadas, além das melhorias na estação de pré-condicionamento, está prevista a ampliação da extensão do emissário submarino para seis quilômetros.
De acordo com a Sabesp, com a segunda etapa do programa concluída, a companhia pretende alcançar a meta de universalizar a cobertura do serviço de coleta de esgotos nas nove cidades da Baixada Santista.
Litoral Norte
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As obras para melhora da coleta e tratamento de esgoto nas cidades do Litoral Norte não irão atingir as metas da Sabesp para 2016, segundo matéria publicada pelo jornal Folha de S. Paulo.
Segundo a publicação, a companhia esperava ampliar a coleta de 35% para 85% entre 2008 e 2016, mas o corte de investimentos da estatal travaram as obras. De acordo com a matéria, em abril, a Sabesp previa reduzir o investimento em esgoto no Estado para R$ 843 milhões este ano, ante R$ 1,9 bilhão em 2014.
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