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O presidente da Sabesp, Jerson Kelman, voltou a falar sobre a necessidade de reestruturar a tarifa de água e esgoto no Estado de São Paulo.
O executivo da estatal disse que um dos temas estudados é o do fim da tarifa mínima. Ele disse ainda acreditar que nos próximos meses, a Sabesp tenha uma proposta concreta para apresentar agência reguladora estadual, Arsesp.
Segundo Kelman, uma revisão da estrutura tarifária não resultaria, necessariamente, em um aumento da conta de água. Mas ele admitiu estudar o fim da tarifa mínima de consumo no Estado, que hoje é de 10 mil litros por mês. Qualquer pessoa da Grande São Paulo que consuma até este valor, paga R$ 14 em sua conta.
"Dizer que até 10 metros cúbicos a conta de água tem o mesmo valor é um contrassenso. O melhor seria se nós tivéssemos um custo [fixo] pela conexão, como para áreas de veraneio, e um custo variável de acordo com o consumo", disse ele. A declaração ocorreu na abertura do congresso da associação dos engenheiros da Sabesp.
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Discurso
Ao longo de sua fala, Kelman tocou ainda em assuntos delicados para a empresa, como a filosofia de conquistar novos contratos com prefeituras paulistas ainda não operadas pela empresa.
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"A Sabesp tem uma bandeira, uma ideologia, de pintar o mapa de São Paulo com as cores da empresa". Ele, no entanto, disse que essa busca por novos contratos não deve ser feita "a qualquer custo".
Para algumas prefeituras do Estado e outras empresas de saneamento, a Sabesp adota uma postura "imperialista" ao tentar conquistar contrato com um grande número de prefeituras no Estado.
O presidente disse que essa postura também prejudica a empresa. Segundo ele, alguns contratos da Sabesp têm objetivos irreais ou "extravagantes". "Nós não podemos ter um tratamento de esgoto terciário [de maior qualidade], onde a coleta de esgoto não está terminada". O presidente não quis comentar quais seriam os projetos extravagantes que a empresa teria.
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Kelman disse também que espera o avanço no Congresso de propostas que isentem empresas de saneamento de certos impostos, desde que as empresas invistam em melhorias.
Presente
Ao final de seu discurso, o presidente da empresa recebeu um guarda-chuva da Associação dos Engenheiros da Sabesp. Segundo os organizadores do evento, o presente era um desejo de melhora das chuvas em São Paulo.
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O presidente aceitou o presente depois de garantir que a principal aposta do governo do Estado e da Sabesp contra o rodízio em 2015 ficará pronta em setembro. A obra de interligação da represa Rio Grande com o Alto Tietê havia sido prometida para maio pelo governador Geraldo Alckmin.
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