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O governo do presidente dos EUA, Barack Obama, acredita que a Rússia está preparando uma nova contraofensiva militar na Ucrânia, disse nesta quarta-feira a porta-voz do Departamento de Defesa norte-americano, Jen Psaki. Segundo ela, os russos enviaram novos tanques e veículos blindados para o território vizinho.
A porta-voz disse que a incursão sugere que uma "contraofensiva coordenada pela Rússia provavelmente está em curso" nas cidades de Donetsk e Luhansk, no leste ucraniano. Psaki afirmou que os russos estão sendo desonestos sobre suas ações, mesmo para seu próprio povo.
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Ela acusa as forças russas de entrarem até 50 quilômetros em território da Ucrânia, sem informar aos soldados ou a seus parentes para onde estão indo. Segundo a porta-voz, os funerais na Rússia e o retorno de soldados feridos para tratamento em São Petersburgo mostram o que o país está fazendo.
Psaki também expressou sua preocupação com o ataque de separatistas pró-Rússia a uma cidade portuária no sul da Ucrânia. Ela não informou, porém, se haverá alguma resposta por parte dos EUA.
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Nesta quarta-feira, Kiev acusou a Rússia de entregar mais armamentos para rebeldes nas áreas controladas por eles no leste da Ucrânia e disse que soldados russos haviam cercado diversas cidades em um nova ofensiva na costa sul do país. Moscou nega ter enviado suprimentos para os insurgentes.
O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, afirmou, no entanto que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) tem evidências de que o Exército russo está operando diretamente no leste ucraniano. "Ninguém mais pode aceitar seriamente o discurso dos 'separatistas' na Ucrânia", disse Tusk ao Parlamento polonês.
Apesar da escalada da violência, diplomatas europeus dizem estar tentando manter o diálogo entre Moscou e Kiev. O ministro das Relações Exteriores alemão, Frank-Walter Steinmeier, afirmou que o acordo para um cessar-fogo bilateral e o efetivo controle sobre a fronteira entre a Rússia e a Ucrânia eram as chaves para dar um fim à "escalada espiral" do conflito.
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O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, ligou para a chanceler alemã e disse que o encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, na terça-feira, em Minsk, foi um "sinal positivo" que poderia levar a um acordo de paz. Putin, enquanto isso, insiste que não tem controle sobre os separatistas.