Cotidiano

Rotina ajudar crianças e adolescentes a tratar a insônia, diz especialista

O pediatra Colletti explica que mais importante do que o número de horas de sono é observar o comportamento da criança, o seu rendimento escolar, se ela cochila de dia e se aparenta cansaço.

Folhapress

Publicado em 09/07/2018 às 09:22

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er uma boa noite de sono é essencial para a saúde de todos, inclusive crianças. / Ilustração

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Ter uma boa noite de sono é essencial para a saúde dos adultos, mas ainda mais importante para o desenvolvimento de crianças e adolescentes. Isso porque, quando eles não dormem direito ou o suficiente, vão apresentar cansaço durante o dia, o que pode prejudicar as atividades na escola, o relacionamento com os pais e amigos e o humor, além de gerar outras complicações.

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"Existem situações em que alterações do sono podem ser um sintoma de doenças do sistema nervoso central, de doenças das vias aéreas ou de doenças sistêmicas. Portanto, é necessário investigar as causas da insônia nessa faixa etária e tratá-las", explica o pediatra José Colletti, do Hospital Santa Catarina. A pediatra Taluana Morandim, da clínica Megamed, acrescenta que ansiedade e terror noturno também podem provocar problemas para dormir.

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Ambos explicam que outros motivos muito comuns são transtornos comportamentais, falta de rotina e maus hábitos. "As crianças, hoje, testam os limites dos pais, não só com relação à hora de dormir, mas a outras situações cotidianas", explica Colletti. Uma das situações típicas é querer jogar videogame até tarde, por exemplo.

Ele salienta que essa situação é diferente da de bebês e crianças pequenas que ainda mamam. "Nesses casos, uma simples cólica pode ser a causa da insônia. Já as crianças maiores e os adolescentes demandam uma investigação mais minuciosa", orienta.

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A médica Patricia Marchi Barros, 41, já sofreu muito com as dificuldades de dormir do filho, Gabriel, 11 anos. Quando ele era bebê, acordava constantemente. Ao ir crescendo, o sono foi se estabilizando, mas, ainda assim, até hoje ele dorme pouco. "Mesmo indo cedo para a escola, antes das 23h ele não dorme. Se eu deixar, ele vai dormir ainda mais tarde", relata.

O pediatra Colletti explica que mais importante do que o número de horas de sono é observar o comportamento da criança, o seu rendimento escolar, se ela cochila de dia e se aparenta cansaço. "Oito horas de sono é um número médio, porém, há crianças e adolescentes que necessitam de mais ou menos horas. O essencial é observar se o tempo está sendo suficiente."

No caso de Gabriel, Patricia conta que, apesar de ele dormir entre seis e sete horas por noite, não tem problemas decorrentes disso. "Percebi que é realmente o necessário para ele", diz.

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No caso de crianças que não querem dormir, por problemas comportamentais ou para não perderem tempo de brincar, a psicóloga Rayanne Campos explica que os pais devem criar uma rotina do sono. Evitar celular, televisão e videogame a pelo menos uma hora de ir para a cama ajuda, assim como fazer atividades físicas durante o dia.

Agora, nas férias, é normal que os filhos saiam dessa rotina. Por isso, cerca de cinco dias antes da volta às aulas, o indicado é retomar gradativamente o padrão anterior de sono.

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